Sporting e Santa Rita à beira da desistência
A 22 dias do pontapé de saída da 41ª edição do Girabola, as formações do Sporting de Cabinda e do Santa Rita de Cássia do Uíge podem anunciar, a qualquer momento, as respectivas desistências da prova, porque prevalecem as dificuldades financeiras.
Nos “leões”, os problemas já se arrastam desde a época passada, pelo que a direcção do clube não pensa continuar no campeonato nestas condições. Na época finda, o Sporting de Cabinda só sobreviveu graças ao governador Eugénio Laborinho, que teve de mobilizar algumas empresas locais, para que o conjunto leonino terminasse o Girabola.
Os apoios o patrocinador oficial do clube são insuficientes e tardam a chegar. Daí os pendentes com jogadores, equipa técnica e funcionários da colectividade há vários meses.
No sorteio do Girabola, José Samy Muai, vice-presidente do Sporting de Cabinda, deu a entender que caso os problemas financeiros prevaleçam, a equipa poderá anunciaroabandonodocampeonato. Na primeira jornada do campeonato, o Sporting de Cabinda enfrenta a Académica do Lobito, no Estádio do Buraco.
No Santa Rita o quadro é ainda mais preocupante. O início dos trabalhos está condicionado por falta de verbas, o que dificulta a contratação denovosjogadores.Adirecção liderada por N'solani Pedro tem reunido com frequência para encontrar uma saída, que garanta a continuidade da equipa no campeonato.
Para um Girabola sem sobressaltos, o clube necessita de 200 milhões de kwanzas, segundo N'solani Pedro. “Não está fácil. Vamos continuar a envidar esforços, para que surja uma “mão” caridosa. Senão, não temos como continuar “. Mas confirmou a continuidade de M'buísso António à frente da equipa técnica.“Não vamos mexer no treinador. É competente e fez um bom trabalho”. Na abertura da prova, o Santa Rita recebe o Recreativo da Caála, no Estádio 4 de Janeiro.