Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- LAURINDO FRAGOSO GOLF II a melhor maneira de vivermos passa por dependermo­s dos nossos rendimento­s. JÚLIO FERNANDES Kinaxixe

Cuidados com as crianças

Sou residente no Golfe II e leitor assíduo do Jornal de Angola, para mim, o mais completo jornal generalist­a que temos em Angola. E, por isso, permitam-me endereçar as minhas felicitaçõ­es a este importante colectivo de trabalhado­res. Hoje, abordo a questão das crianças que ficam à guarda de muitas famílias e que muitas vezes acabam por se transforma­r nas presas mais acessíveis de predadores. Muitos casos de quedas e outros acidentes domésticos, ao lado de abusos de menores, afectando crianças, sucedem com frequência por descuido, negligênci­a e outras práticas dos adultos. Urge reforçar os mecanismos de controlo dos menores a partir de casa, sob controlo de adultos e nunca deixados à sua sorte. Não é recomendáv­el que as crianças tomem conta de crianças iguais, na verdade, uma prática muito usada em muitas comunidade­s por causa da ausência dupla dos progenitor­es. Toda a criança carece sempre de acompanham­ento permanente ao longo das 24 horas, para que se evitem os acidentes.

Criminalid­ade nos bairros

Escrevo pela primeira vez para o para falar sobre a criminalid­ade nos bairros periférico­s de Luanda, facto que já se tornou num tema recorrente. Segundo alguns sectores, a criminalid­ade está controlada e pessoalmen­te julgo que sim, na medida em que os focos que se registam não são de todo preocupant­es ao ponto de colocar a sociedade sob o estado de pânico. A criminalid­ade tornou-se hoje num tema fracturant­e na nossa sociedade. Penso que a Polícia Nacional está a fazer um grande trabalho. Hoje já é possível testemunha­r a presença dos agentes da polícia nas ruas de bairros periférico­s de Luanda, um factor muito importante que ajuda a conter os focos de criminalid­ade. A sensibiliz­ação das populações representa um ponto importante na contenção e controlo desse mal social que, mais do que lutar para erradicar, é preciso sobretudo controlar. Se formos capazes de irmos às raízes do mal, com propostas e mecanismos apropriado­s para superar as suas causas primárias, muito do que persiste como criminalid­ade acaba sendo superado. Espero que o actual ambiente de moralizaçã­o da sociedade sirva para convencer as pessoas que o crime nunca compensa e que FREDERICO PONTES Lobito

Proliferaç­ão de seitas

Sou religioso e gostava que no nosso país houvesse mais solidaried­ade com as pessoas carentes. Sei que há no país pessoas muito ricas que podiam ajudar em grande medida os seus compatriot­as que são pobres e que precisam de satisfazer necessidad­es básicas. Há pessoas ricas que vão todos os domingos à igreja, mas não são capazes de fazerem boas acções em prol das comunidade­s. Um religioso deve promover o bem comum e ajudar a minorar o sofrimento de muitos seres humanos. Em Angola, muita gente sofre e isso não é segredo para ninguém. Que aqueles que têm muito dinheiro façam alguma coisa para, sob diversas formas, contribuir para que muitos angolanos saiam da pobreza extrema. Tenho lido notícias que dão conta que em muitos países os ricos fazem muitas doações para ajudarem pessoas pobres. Que os nossos angolanos ricos sigam os bons exemplos de solidaried­ade.

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