Desmantelada rede de passadores de migrantes
As autoridades belgas anunciaram ontem ter desmantelado uma rede de passadores de migrantes que operava a partir da capital da Bélgica, Bruxelas, e transportava sudaneses e eritreus para o Reino Unido, muitos deles escondidos em camiões frigoríficos.
Sete homens foram detidos e acusados de serem autores ou co-autores “de actos de tráfico de seres humanos no âmbito de uma organização criminosa”, indicou o Ministério Público de Bruxelas, num comunicado, citado por agências internacionais.
A nacionalidade dos sete detidos não foi divulgada.
Estas detenções ocorreram após várias buscas realizadas no domingo. Nesse dia, 10 pessoas foram identificadas e detidas. Três pessoas seriam posteriormente libertadas.
As diligências divulgadas são o culminar de uma investigação que a Polícia Judiciária federal belga iniciou no final de Julho passado, depois da identificação de cidadãos estrangeiros sem documentos na zona da estação de comboios Gare du Nord, em Bruxelas.
A rede agora desmantelada é suspeita de ter passado diariamente de forma ilegal cerca de 20 pessoas, que pagavam individualmente entre 500 a dois mil e 500 euros, segundo as autoridades belgas.
Um parque em Bruxelas localizado nas imediações da Gare du Nord, onde se concentram todos os dias centenas de migrantes, era o local de contacto.
Os migrantes apanhavam depois um comboio até à estação ferroviária de Rochefort-Jemelle, na região sul da Bélgica, precisaram as autoridades belgas sobre o presumível método desta rede organizada.
Os migrantes tinham depois de caminhar cerca de 15 quilómetros até um parque de estacionamento na auto-estrada E411, que faz a ligação Bruxelas-Luxemburgo, local onde entravam em veículos. O destino final dos migrantes era o Reino Unido.