Nobel da Paz Nadia Murad pede acção contra a violência
A activista yazidi Nadia Murad, prémio Nobel da Paz 2018, instou a comunidade internacional a juntar-se à luta contra a violência sexual em conflitos bélicos e contra o genocídio de minorias como a sua.
“Um prémio e uma pessoa não podem conseguir este objectivo, precisamos de um esforço internacional com a ajuda de instituições e a participação de mulheres e jovens, com a participação das vítimas para trazer de novo a vida às regiões destruídas pela guerra”, afirmou ontem Nadia Murad, em Washington, nos Estados Unidos da América, na sua primeira aparição pública depois do anúncio do Nobel.
A activista pediu aos Governos para apoiarem a causa, a de proteger e procurar justiça para as vítimas de violência sexual em conflitos e para os yazidis, que foram vítimas em 2014 de um genocídio pelo Estado Islâmico.
No dia 3 de Agosto de 2014, o Estado Islâmico acedeu à comarca iraquiana de Sinyar, na qual Murad nasceu e cresceu, tendo sido uma das três mil meninas e mulheres que foram submetidas a exploração sexual, um crime que sofreu durante três meses até conseguir fugir. O objectivo do Estado Islâmico era acabar com os yazidis, uma minoria de etnia curda que considera infiel e que foi alvo de 74 genocídios ao longo da História. Nadia Murad, de 25 anos, pediu à comunidade internacional para “trabalhar junta para responsabilizar os criminosos.