Missão de observação critica lentidão na abertura das mesas de voto
A coligação de organizações não-governamentais “Votar Moçambique” criticou atrasos na abertura das mesas de voto para as eleições autárquicas.
“É preocupante que continuem a acontecer atrasos na abertura das mesas de voto, até mesas de voto que estão na cidade de Maputo abriram tarde”, declarou Paulo Monjane, da plataforma de observação eleitoral “Votar Moçambique”, falando ontem em conferência de imprensa.
Paulo Monjane criticou ainda a falta de preparação de alguns membros de mesas de voto, referindo a existência de casos de agentes eleitorais que não sabem ler.
“Continua a acontecer uma fraca preparação dos membros das mesas de voto e isso tem implicações na possibilidade de as pessoas participarem”, declarou.
Num comunicado lido e distribuído à imprensa, a “Votar Moçambique” assinalou que o atraso e a lentidão na votação provocaram incidentes de violência em várias assembleias de voto pelo país. “Na Escola Industrial de Nampula, mesa 03001/1, verificaram-se confrontos físicos e violência verbal entre eleitores, saldando-se em oito feridos, devido à lentidão do processo de votação. O assunto depois se resolveu”, afirmou Felicidade Xerindza, reverenda da Igreja Presbiteriana de Moçambique, que leu o comunicado.
Na Escola Primária Completa da Polana-Caniço B, a votação ainda não tinha começado até às 8h30, ou seja, uma hora e meia depois da hora oficialmente marcada para o início do exercício.
Apesar do que considera “deficiências”, a coligação “Votar Moçambique” assinalou que, no global, a votação decorreu normalmente durante as primeiras horas da manhã.