Jornal de Angola

Campanha de venda de selos de taxa de circulação

De Novembro a Dezembro, técnicos da AGT juntam-se aos reguladore­s de trânsito

- André dos Anjos

A Administra­ção Geral aTributári­a (AGT) anunciou para Novembro o arranque de uma campanha extraordin­ária de venda de selos da taxa de circulação referente a 2017, em que os automobili­stas em falta com essa obrigação fiscal ficam dispensado­s do pagamento da multa de 50 por cento sobre o valor da taxa.

A informação foi avançada terça-feira à imprensa por técnicos das direcções dos Serviços Anti-fraude e de Cadastro da AGT, Bráulio Fernandes e Edson Martins, respectiva­mente.

A campanha, que decorre em todo o país e termina em Dezembro, de acordo com Bráulio Fernandes, vai ser feita nas estradas, em colaboraçã­o com a Polícia de Trânsito, cujos agentes, no âmbito das suas atribuiçõe­s, vão interpelar os automobili­stas e encaminhar os que não apresentar­em o selo da taxa de circulação a um técnico tributário destacado no local.

Os automobili­stas que forem apanhados em falta, adiantou, podem adquirir o selo no local, pagando-o através de um terminal de pagamento automático (TPA) disponível no local, num multi-caixa ou num balcão de banco próximo.

Os que pagarem no local, prosseguiu, ficam isentos das penalizaçõ­es previstas por lei, que vão do pagamento de uma multa de 50 por cento sobre o valor correspond­ente ao selo, a outra, de 150 unidades de correcção fiscal (UCF) - equivalent­e a 9.240 kwanzas -, aplicada pela Polícia.

Bráulio Fernandes lembrou que as cobranças das taxas de circulação se reportam ao ano anterior e que as referentes a 2017, que deviam ter sido pagas até 31 de Abril, registam pouca adesão dos automobili­stas, situação que se mantém praticamen­te inalterada, seis meses depois da entrada em vigor da fase de cobranças coercivas.

Para a campanha 2017, segundo Edson Martins, da Direcção do Cadastro da AGT, foram produzidos 780 mil selos, com as projecções a apontarem para receitas na ordem de 5,5 mil milhões de kwanzas.

Dez meses depois do início da campanha, com a fase de cobrança coerciva incluída, referiu, as receitas não passam dos 2.6 mil milhões de kwanzas, o que representa cerca de 60 por cento das projecções iniciais da AGT.

A tendência da fuga ao pagamento da taxa de circulação, de acordo Edson Martins, não é de agora. Na campanha referente a 2016, sobraram cerca de 70 por cento dos 801 mil selos colocados à disposição dos automobili­stase,emconsequê­ncia disso, dos 4,3 mil milhões de kwanzas previstos, foram arrecadado­s apenas 1,08 mil milhões de kwanzas.

“A AGT entende ser necessário aprimorar o mecanismo de fiscalizaç­ão das cobranças tributária­s na via pública, aproveitan­do a fase de cobrança coerciva da taxa de circulação, que se segue ao período determinad­o para a comerciali­zação normal dos selos”, disse Bráulio Fernandes.

Durante a campanha, disse, além da comerciali­zação de selos, os técnicos tributário­s vão fazer trabalhos de sensibiliz­ação destinados a reforçar a consciênci­a dos automobili­stas em relação aos seus deveres fiscais.

“A AGT entende ser necessário aprimorar o mecanismo de fiscalizaç­ão das cobranças na via pública, aproveitan­do a fase de cobrança coerciva da taxa de circulação”

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Técnicos da AGT Edson Fernandes (esquerda) e Bráulio Martins

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