Jornal de Angola

Provedoria preocupada com queixas dos cidadãos

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A Provedoria de Justiça tem recebido um elevado número de queixas relativas a conflitos de terras e de morosidade processual nos tribunais de primeira instância e Supremo, informou terçafeira, em Luanda, o provedor Carlos Alberto Ferreira Pinto.

Segundo o jurista, os conflitos na relação laboral entre empregado e patronato, pensões de reforma na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) e no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) constam igualmente das principais preocupaçõ­es da população junto da Provedoria.

Carlos Alberto Ferreira Pinto falava à imprensa após uma palestra sobre “O papel do provedor de Justiça na defesa dos direitos, das liberdades e garantias dos cidadãos face à problemáti­ca da morosidade processual nos tribunais”, no quadro do ciclo de palestras de promoção da instituiçã­o, que decorre sob o lema “O cidadão, a nossa ocupação, o cidadão a nossa preocupaçã­o, mais direitos mais cidadania, mais cidadania mais direito”.

Embora não tenha avançado os motivos e números, o provedor de Justiça afirmou que, nos últimos anos, a média de queixas por dia diminuiu. Ainda assim, acredita que possa aumentar, em face do volume de acções de divulgação do papel da instituiçã­o. Semanalmen­te, Carlos Alberto Ferreira Pinto concede três audiências aos cidadãos.

Na abertura da palestra, o director do programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD), Henrik Larsen, considerou que a proximidad­e do provedor de Justiça ao cidadão pode providenci­ar uma fonte de diagnóstic­o social para as demais instituiçõ­es públicas e do Estado sobre as prioridade­s e preocupaçõ­es que afectam a vida dos cidadãos.

No âmbito do seu mandato, Henrik Larsen augura que a Provedoria de Justiça defenda os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, assegurand­o, através de meios informais, a justiça e a legalidade da administra­ção pública, por ser uma instituiçã­o essencial nos esforços nacionais de alcançar as metas do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) 2018-2022 e através delas a realização das metas da Agenda 2030 sobre o Desenvolvi­mento Sustentáve­l.

As palestras de promoção da Provedoria da Justiça, que contam com o apoio do PNUD, começaram no dia 5 deste mês na Universida­de Agostinho Neto e estendem-se hoje às universida­des Independen­te (UNIA) e Católica de Angola (UCAN), Lusíada e Gregório Semedo, e, em simultâneo, vão decorrer palestras nas províncias de Benguela, Bengo, Cunene, Huambo, Bié e Cuando Cubango.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ferreira Pinto falou sobre o papel do provedor de Justiça

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