Aumentam os casos de doenças mentais
O número elevado de dementes que deambulam pela cidade e bairros periféricos de Ndalatando preocupa as autoridades sanitárias da província do Cuanza-Norte, que consideram as doenças de foro mental um problema de saúde pública.
Em entrevista ao Jornal de Angola, o chefe de departamento provincial de Saúde Pública e Controlo de Endemias, Cruz Manuel, disse que é considerada doença mental a perda grave da memória, do juízo, da orientação, das capacidades intelectuais e de motivações e interesses.
Cruz Manuel acrescentou que a doença é mais frequente em pessoas maiores de 60 anos, embora actualmente afecte também jovens. Segundo Cruz Manuel, a doença caracteriza-se pela perda da capacidade de memorizar e de resolver os problemas do diaa-dia. Esta perda de capacidade interfere muito nos relacionamentos e actividades sociais e profissionais.
A doença, acrescentou, pode ser progressiva ou estática, permanente ou reversível. Alguns indivíduos portadores de demência apresentam melhorias, quando o tratamento é iniciado antes de os danos se agravarem. São factores de risco a perda da memória (esquecimento fácil), perda da capacidade de planear o futuro, perda gradual dos hábitos sociais, desleixo, impulsividade e até mesmo agressividade. O indivíduo doente pode apresentar ânimo diferenciado, alegre, desinibido exageradamente (muitas vezes confundido como “malandro”), bem como podem surgir sintomas psiquiátricos, como depressão, ansiedade, desconfiança, delírios e alucinações. Para