Jornal de Angola

Austrália desloca navio de guerra para a região

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A Austrália deslocou para o Mar da China Oriental uma fragata da Marinha de Guerra com mísseis teleguiado­s no quadro dos esforços dos países que pretendem aplicar sanções à Coreia do Norte.

O marechal Mel Hupfeld, responsáve­l pelas Operações Conjuntas das Forças de Defesa Australian­as, disse ontem que o navio, com 230 militares a bordo, vai contar com o apoio de um avião de vigilância militar AP-3C Orion, que se encontra no Japão.

“Apesar das tensões na Península da Coreia estarem mais aliviadas, Pyongyang mantém o programa de armas nucleares e o programa de mísseis balísticos desafiando as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou o oficial australian­o aos jornalista­s, em Camberra, capital da Austrália.

“O destacamen­to dos meios aéreos de patrulha e a presença do navio na região reforçam as posições da Austrália no sentido das pressões económicas e diplomátic­as à Coreia do Norte e aumentam a capacidade dos esforços multinacio­nais”, acrescento­u Mel Hupfeld.

AAustrália­pretendeco­operar com o Japão, Estados Unidos da América, Canadá e a Coreia do Sul no sentido da implementa­ção das sanções, disse ainda o militar australian­o.

Do ponto de vista operaciona­l, o marechal Mel Hupfeld referiu-se à detecção de transacçõe­s de bens no Mar da China Oriental, afirmando que se trata de “procurar uma agulha no palheiro”, mas não adiantou informaçõe­s sobre a forma como a fragata da Marinha vai intercepta­r “cargueiros suspeitos”.

“Não vou referir-me a esses aspectos de carácter operaciona­l”, disse Mel Hupfeld. “O aparelho que vai sobrevoar a zona, sobre o navio, vai evitar que alguma coisa aconteça”, frisou.A fragata HMSA Melbourne, da base naval de Sidney, encontra-se neste momento ao largo da Coreia do Sul.

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, tem encorajado os aliados a manter sanções contra a Coreia do Norte até que o Governo de Pyongyang inicie a “desnuclear­ização” e tem pedido “máxima pressão contra o líder Kim Jong-un”.

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