Centros de investigação apoiam a agricultura
O ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, anunciou, ontem, na abertura do ano agrícola 2018-2019, na vila do Chinguar, “inovações no paradigma de investigação agrária”, com a criação de centros de estudos em diferentes regiões do país.
Marco Nhunga, que representou o Presidente da República, João Lourenço, naquele acto, indicou que, no Huambo, serão instalados centros para estudos sobre a produção de milho, feijão, soja e bio-veterinária, enquanto o CuanzaSul tê-los-á para a fileira do café e cacau.
A Huíla terá centros de investigação para a criação de gado leiteiro e Malanje para o caprino, ovino, mandioca e batata-doce, segundo o ministro que anunciou, igualmente, a instalação, no primeiro semestre do próximo ano, de unidades misturadoras de fertilizantes nas províncias da Huila e Benguela.
“O apoio do Executivo e parceiros sociais, bem com o empenho dos produtores, permitiu elevar os níveis de produção generalizados das principais culturas em Angola”, sublinhou.
Produção total
As colheitas deste ano ascenderam a 101.277 toneladas, com destaque para os cereais, que registaram um aumento de 25 por cento em relação às de 2017, de acordo com dados publicados pela Angop.
Nesta campanha, a produção de cereais (milho, massambala, massango e arroz) aumenta para 3,128 milhões de toneladas, mais 628.432 toneladas em relação a 2017/2018.
Assim, o Ministério projecta a colheita de 11,130 milhões de toneladas de raízes e tubérculos (um aumento de 130.449 toneladas), 4,102 milhões de toneladas de frutas, 1,937 milhões de toneladas de hortícolas e 802.202 toneladas de leguminosas.
Para o alcance destas metas, o Ministério da Agricultura e Florestas preparou mais de cinco milhões de hectares (14 por cento das terras aráveis do país), dos quais 30 mil são corrigidos com calcário dolomítico (substância que serve para corrigir a acidez dos solos), estando disponíveis 52 mil toneladas deste produto para este fim.
Dos cinco milhões de hectares disponíveis, 3,668 milhões (72 por cento) são preparados de forma manual, 1,273 milhões (25 por cento) por tracção animal e 152.867 hectares (3,00 por cento) de forma mecanizada.