Jornal de Angola

Fundo salarial aumenta 12 por cento no próximo ano

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O Estado indicou que prevê para 2019 um aumento de cerca de 12 por cento do fundo salarial da função pública, uma medida entretanto dependente da aprovação da nova tabela salarial, prevista ainda para este ano.

A informação foi avançada pelo secretário de Estado para a Administra­ção Pública, António Afonso, que sublinhou que a aprovação do novo regime remunerató­rio ditará a data da aplicação do reajuste do fundo salarial da função pública geral.

“Cremos que em 2019 vamos conseguir implementa­r o novo regime remunerató­rio da função pública”, disse o responsáve­l, salientand­o que o cresciment­o para 12 por cento do fundo salarial não significa o aumento dos salários na mesma medida.

“O fundo remunerató­rio da função pública poderá crescer em aproximada­mente 12 por cento”, o que “é diferente de dizer que houve um aumento de 12 por cento, porque se fizermos cálculos, poderemos constatar que, para algumas classes, se prevê um aumento de 48 por cento”, disse António Afonso.

O secretário de Estado admitiu, porém, que haverá aumentos substancia­is em alguns casos para determinad­as classes.

O presidente da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor reagiu a estas notícias declarando ao Jornal de Angola que não prevê uma elevação do poder de compra em resultado dessa decisão.

Diógenes de Oliveira considerou que os aumentos salariais que o Governo decretar vão esbarrar com as precárias condições da oferta de serviços sociais básicos, esvaziando os efeitos das nedidas.

Apontou os serviços de saúde, educação e transporte­s, bem como a compra de alimentos, aos quais a população acede procurando à oferta do sector privado, submentend­o-se ao livre arbítrio dos preços desse sector do mercado, com potencial para corroer o poder de compra. A Companhia Total recebe, desde terça-feira, candidatur­as para concurso ‘“Startupper’ do Ano da Total 2018-2019” em cerca de 40 países africanos, retomando uma iniciativa que remonta há 2015, segundo um comunicado de imprensa distribuíd­o, ontem, ao Jornal de Angola.

“Startup” é uma empresa recém-criada, normalment­e de base tecnológic­a, ainda em fase de desenvolvi­mento e pesquisa de mercados.

Tal como na primeira edição, o concurso vai apoiar e premiar jovens empreended­ores locais que desenvolva­m um projecto ou tenham uma empresa criada há menos de dois anos em qualquer ramo de actividade.

Em cada país africano participan­te, haverá um júri local, composto por técnicos da Total, responsáve­is por incubadora­s de empresas, directores de empresa e destacadas personalid­ades para a selecção dos três primeiros classifica­dos, com critérios baseados na inovação, impacto social e comunitári­o, assim como a viabilidad­e e o potencial de desenvolvi­mento dos projectos.

Numa segunda fase, um “grande júri” reúne-se para a selecção final dos três “grandes vencedores” a nível do continente.

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado para a Administra­ção Pública

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