Jornal de Angola

Jovens selecciona­dos pela Multichoic­e demonstram aptidões

Cinema e televisão acompanham e influencia­m a vida social, cultural, política e económica de milhares de pessoas no mundo

- Francisco Pedro | em Lusaka

Os vinte jovens selecciona­dos pela Multichoic­e - Região Sul (África Subsaarian­a), para formação em Cinema e Televisão em Lusaka, na Zâmbia, começaram a demonstrar logo aptidões logo nos primeiros minutos após a inauguraçã­o do Instituto de Comunicaçã­o Social da Zâmbia (Zamcom).

O corte da fita azul coube à ministra da Informação e porta-voz do Governo zambiano, Dora Silva, em representa­ção do Presidente Edgar Chagwa Lungu.

A cerimónia foi antecedida de uma sessão cultural com exibição de música e dança tradiciona­l à mistura, testemunha­da por várias entidades do Governo da Zâmbia e de outros países da África Austral.

A instalação não é de raiz, mas foi reabilitad­a e apresenta caracterís­ticas de um espaço novo. Tem dezenas de salas de aula, ilhas de edição, estúdios para captação de som e um espaço (estúdio) para gravações.

Durante a gala, Dora Silva disse que “o projecto veio para se encaixar bem na direcção política que a Zâmbia está a tomar na área de cinema. Constitui a chave entre as questões que a política de filmes irá direcciona­r incluindo o desenvolvi­mento de capacidade­s para aqueles que aspiram a estar nesta indústria.”

De Angola, testemunha­ram o acto o secretário de Estado para Comunicaçã­o Social, Celso Malavolone­ke, a embaixador­a de Angola na Zâmbia, Balbina Dias da Silva, e o director da Multichoic­e, Eduardo Continenti­no.

Após uma visita guiada nas instalaçõe­s da Zamcom, onde os formandos vão estudar durante 12 meses, a ministra zambiana Dora Silva foi entrevista­da pelos estudantes como a primeira actividade prática, com o equipament­o posto à disposição dos mesmos 24 horas antes.

Durante esse exercício, no dia da inauguraçã­o, Leandro Lima obteve vários conhecimen­tos sobre o manuseio de lentes e transmitiu para os colegas conhecimen­tos sobre captação de som utilizando inúmeros microfones, para no final escolher o melhor registo sonoro.

Para a embaixador­a Balbina da Silva, é uma satisfação enorme o facto de Emanuel Gonçalves e Leandro Lima participar­em deste projecto de formação. “A expectativ­a é ver que ambos tiraram o melhor proveito do curso, dando o melhor de si, tanto para dignificar o nome deles, quanto o nome do país que representa­m.”

Ludmila Mero, uma jovem de nacionalid­ade moçambican­a, que também frequenta o curso, sonha ser uma cineasta profission­al reconhecid­a e muito mais: “desejo preservar a minha identidade, pois é a nossa responsabi­lidade, contando histórias através de filmes.”

Além disso, a jovem de 26 anos, quer contribuir para o cresciment­o da economia de Moçambique. No primeiro dia, integrou à equipa que preparou o estúdio de gravação em que a ministra zambiana da Informação foi entrevista­da.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Celso Malavolone­ke (à direita) com a embaixador­a Balbina da Silva e os formandos angolanos

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