EUA endurecem posição contra China
Os ataques de Washington vão além da guerra comercial que move contra as autoridades de Pequim
O assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, prometeu intensificar ainda mais a forte postura do Governo de Donald Trump em relação à China, afirmando que o comportamento de Pequim “precisa ser ajustado na área comercial, no contexto internacional.
Falando em entrevista ao programa de rádio Hugh Hewitt Show, gravada na quinta-feira e transmitida na sexta-feira, Bolton disse que o Presidente Trump acredita que a China tirou vantagem da ordem internacional por tempo demais e que não houve um número suficiente de norte-americanos que se levantaram contra isto.
“Agora é a hora de fazer isto”, disse John Bolton.
Bolton disse que a postura dura de Trump em relação à China, um país que o Governo dos EUA vê como a “maior questão deste século”, havia deixado Pequim “confusa”.
“Eles nunca viram um Presidente americano tão duro assim antes. Eu acredito que o comportamento deles precisa ser ajustado na área comercial, nas áreas internacional, militar e política, numa série inteira de áreas”, disse. As afirmações de Bolton foram feitas numa altura em que cresce a tensão entre as duas potências mundiais, com os Estados Unidos a realizarem vários ataques verbais contra China, que vão além da guerra comercial. Os ataques incluem acusações de que a China está a tentar prejudicar Trump antes das eleições legislativas do próximo mês e de que está a adoptar acções militares imprudentes no Mar do Sul da China.
O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse, por seu turno que Donald Trump vai seguir em frente com planos de se encontrar com o Presidente dda China Xi Jiping na cimeira do G20 se parecer possível traçar “uma direcção positiva” com as autoridades chinesas.
Mas afirmou que a retomada de conversas comerciais com a China irá exigir que Pequim se comprometa a fazer reformas estruturais na sua economia.
Bolton disse que o Presidente Trump acredita que a China tirou vantagem da ordem internacional por tempo demais e que não houve nenhum norteamericano que se levantou contra isso