Líder do Grupo de Contacto pede continuação do diálogo
O líder do Grupo de Contacto, para as negociações de paz em Moçambique, disse esperar que o diálogo prevaleça, depois da oposição, representada pela Renamo, ameaçar abandonar as conversações, devido a alegadas fraudes eleitorais.
“Encorajamos a que as linhas de comunicação se mantenham abertas”, referiu o embaixador da Suíça em Moçambique, Mirko Manzoni, em comunicado e acrescentou que “o recurso à violência nunca é a resposta” e tal “é inaceitável”.
A Polícia foi obrigada a intervir nalguns municípios, onde a discordância de resultados das eleições autárquicas, de quarta-feira, gerou confrontos. No sábado, o líder interino da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, ameaçou abandonar a mesa das negociações se os casos de fraude não forem resolvidos, nomeadamente, na Matola, segundo maior município do país, Monapo, Alto Molócué e Moatize.
O presidente do Grupo de Contacto de seis países, mais a União Europeia, considera que há instituições e recursos para apurar o que se passou e apelou para que as “instituições respondam à todas as preocupações de forma justa e transparente”.
“As eleições decorreram em ambiente de optimismo, com as lideranças do país comprometidas com o processo”, acrescentou. “Assistimos a reais progressos nos últimos meses e o objectivo de alcançar a paz duradoura já se vislumbra no horizonte. Seria uma oportunidade perdida, se estas conquistas e estabilidade a longo prazo, fossem desperdiçadas”, concluiu. Fazem parte do Grupo de Contacto, Suíça, Estados Unidos, Botswana, China, União Europeia, Noruega e Reino Unido.