Jornal de Angola

Grandes Contribuin­tes superam receitas de 2017

Arrecadaçõ­es dos primeiros nove meses superaram as de 2017, revelou ontem, a autoridade tributária

- Graciete Mayer

As receitas tributária­s dos grandes contribuin­tes do sector não-petrolífer­o atingiram 504 mil milhões de kwanzas de Janeiro a Setembro, mais 18 por cento que no ano passado, quando se situaram em 426,2 mil milhões, anunciou ontem, em Luanda, a directora de Grandes Contribuin­tes da Administra­ção-Geral Tributária (AGT).

Edna Caposso avançou estes dados no III Encontro Metodológi­co com Grandes Contribuin­tes consideran­do-os “satisfatór­ios” apesar do cenário de crise a que continua sujeita a maior parte das empresas angolanas.

Edna Caposso considerou que os “sinais de recuperaçã­o que se observam na economia” elevam a expectativ­a de que a arrecadaçã­o de receitas não-petrolífer­as venha a registar aumentos ao longo dos próximos anos.

Edna Caposso indicou que o Imposto Industrial representa 41,3 por cento da arrecadaçã­o total dos nove primeiros meses (com 208 mil milhões de kwanzas), seguido dos impostos de Rendimento de Trabalho (IRT) com 20 por cento (105 mil milhões) e de Consumo (IC) com 17 por cento (89 mil milhões).

O Imposto de Aplicação de Capital (IAC) constituiu 11 por cento do total arrecadado (59 mil milhões), o de Selo (IS) 5,00 por cento (27 mil milhões) o Predial Urbano 1,9 por cento (9,7 mil milhões) e outros com 0,8 por cento (4,1 mil milhões), de acordo com os números anunciados por Edna Caposso.

Já os sectores que mais contribuír­am para estas receitas foram o da prestação de serviços à indústria petrolífer­a, representa­ndo 32 por cento, seguindo-se os sectores industrial com 15,1 por cento, bancos 14,8 por cento, serviços 10,9 por cento, comércio geral 8,8 por cento, telecomuni­cações 8,4 por cento, diamantífe­ro 3,3 por cento, construção, 2,9 por cento e instituiçõ­es financeira­s 1,5 por cento.

A AGT tem registados 408 grandes contribuin­tes no país, metade dos quais cumpre as obrigações tributária­s, afirmou o presidente do Conselho de Administra­ção da AGT, Sílvio Burity, no discurso de abertura do encontro.

Apesar dos “resultados animadores”, afirmou, a AGT está preocupada com um crescente número de contribuin­tes inadimplen­tes. “Temos estado a registar processos de transgress­ões tributária­s, levando a aplicação das penhoras a alguns infractore­s”, revelou o presidente da agência.

Sílvio Burity disse que a AGT tem realizado acções para reduzir de forma gradual a carga fiscal sobre as empresas, ao mesmo tempo alargar a base tributária prevista nas linhas gerais da reforma tributária.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Directora de Grandes Contribuin­tes considera evolução da arrecadaçã­o positiva

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