As empresas e o combate à pobreza e ao desemprego
É importante que se defina o rumo a seguir para que seja relançada a actividade produtiva, por via das empresas, que são agentes económicos incontornáveis, nesta altura em que é necessário combater o desemprego e a pobreza. É dado adquirido que o Estado não está em condições de, por exemplo, absorver todos os que estão desempregados no país. As empresas têm um papel preponderante a desempenhar no processo de crescimento da economia. Importa pois que se pense nos incentivos a dar às empresas, nomeadamente às micro, pequenas e médias unidades de produção, para que estas renasçam, no caso de terem ido à falência, e se criem outras.
O Presidente da República, João Lourenço, mostrou, ao proferir a mensagem sobre o estado da Nação, que está preocupado com a situação do sector produtivo privado. João Lourenço pretende que o empresariado privado tenha um papel relevante na economia, tendo sugerido que os departamentos ministeriais competentes, em concertação com associações empresariais, reflictam profundamente sobre questões que têm a ver com a sobrevivência ou ressurgimento de empresas. O Chefe de estado identificou um dos problemas que impedem as empresas de assegurar por muito tempo a sua actividade produtiva. Tratase da carga fiscal que recai sobre as empresas. João Lourenço deixou a entender que o Executivo pode vir a considerar uma redução parcial e gradual da carga fiscal sobre as empresas. O Presidente da República, que defende uma redução da intervenção do Estado na economia, anunciou que o Executivo está empenhado em mobilizar créditos da banca comercial para o sector empresarial privado, em particular para as áreas da agricultura, das indústrias diversas, pescas e turismo.
Nesta fase em que se pretende a diversificação da economia, que tem de ser feita pelas empresas, é preciso que se comece a olhar para as unidades de produção privadas como sendo segmentos que vão ser decisivos para o nosso crescimento económico e desenvolvimento. Potenciar a produção nacional por via de polícias públicas de incentivos à actividade produtiva pode ajudar-nos a resolver muitos problema, como os da pobreza e do desemprego. O Presidente da República deseja que o empresariado privado seja o “principal agente de produção de bens, de serviços e de postos de trabalho”.
Espera-se que nos próximos temos se venha a assistir à um aumenta da actividade produtiva no nosso país, que ainda importa mercadorias que podem ser produzidas no nosso país. Que os empresários pensem em soluções para muitos dos seus problemas e as proponham ao Executivo, que está aberto ao diálogo.