Jornal de Angola

Incorrecçõ­es excessivas na contrataçã­o pública

- Ana Paulo

O índice de irregulari­dades na formação dos processos é elevado e constitui a maior preocupaçã­o do Tribunal de Contas no domínio da fiscalizaç­ão e controlo da contrataçã­o pública, declarou ontem, em Luanda, uma fonte oficial.

O juiz conselheir­o e presidente da 2ª Câmara do Tribunal de Contas, Gilberto Magalhães, afirmou à imprensa, à margem de um seminário consagrado à “Aplicação da Lei de Contrataçã­o Pública e o Preenchime­nto de Novos Modelos de Prestação de Contas”, que a instituiçã­o tem estado a recusar processos por os considerar deficiente­s.

“Infelizmen­te, temos estado a recusar processos, consciente­s de que um contrato mal realizado, se visado pelo Tribunal, levaria a contribuir para a má utilização dos recursos públicos”, disse Gilberto Magalhães.

Os processos de contrataçã­o pública submetidos ao Tribunal de Contas estão a ser trabalhado­s e analisados conforme manda a lei, garantiu o juiz conselheir­o.

No discurso de abertura do seminário, a juíza conselheir­a presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gambôa, afirmou que a instituiçã­o reconhece que a complexida­de do trabalho de fiscalizaç­ão das Finanças Públicas exige mais entendimen­to das leis da Contrataçã­o Pública, Quadro do Orçamento Geral de Estado, Orgânica do Tribunal de Contas e outros diplomas legais que regulam esse domínio da administra­ção do Estado.

Todos os contratado­s visam a execução do programa do Executivo para o desenvolvi­mento do país e do bemestar social dos angolanos, pelo que “toda a acção e empenho deve ser dirigida no sentido da obtenção do visto e não da sua recusa”, defendeu Exalgina Gambôa.

O seminário visa minimizar os efeitos prejudicia­is da falta de conhecimen­to na instrução e nos procedimen­tos da contrataçã­o pública.

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