CARTAS DOS LEITORES
Estado das ruas
Saudações laborais ao colectivo deste jornal. Vivo no bairro Palanca, travessa da Rua E, município do Kilamba Kiaxi. Foi com tristeza que vi algumas ruas serem asfaltadas mas as travessas continuam ainda à espera de iniciativas semelhantes. A pergunta que muitos levantam, com alguma facilidade, é a seguinte: será que os moradores das travessas não têm este direito? O tempo chuvoso chegou e fica muito complicado para nós, moradores de algumas travessas, sairmos ou entrarmos em casa, porque a lama que se faz sentir afecta até as viaturas ligeiras. Dos transeuntes, nem vale a pena falar, na medida em que são afectados de todas as formas. Embora seja ainda cedo tirar ilações definitivas sobre o que se está a passar, peço às entidades competentes que velem por esta situação, para que, no fim do dia, não entendamos que em tudo isso haja filhos e enteados. O Palanca é um dos poucos bairros suburbanos estruturados, em que ainda não se nota muitos becos, sendo assim por que as autoridades competentes não atacam já, asfaltando as ruas e travessas, para acautelar a situação? Julgo que em todo o caso, é provável que existam razões para que as travessas não tenham sido ainda objectos de intervenção. Mas não custa nada informar, caso as razões sejam de calendário, técnicas ou mesmo financeiras. Estamos aqui também para entendermos as nossas autoridades, mas é preciso que estas comuniquem mais. É barato comunicar.
Segurança Social
É a segunda vez que escrevo para este diário, desta vez não para criticar, mas para elogiar a forma educada, atenciosa e competente como os trabalhadores do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), afecto ao MAPTSS, atendem os utentes. Mas permitam-me antes cumprimentar calorosamente as pessoas que estão por detrás da produção deste importante diário, entre editores, subeditores e jornalistas em geral. Voltando ao assunto relacionado com o atendimento no INSS, vale enaltecer os procedimentos que mudaram completa e positivamente. Não sei se tem alguma coisa a ver com o facto de lidarem com pessoas de idade avançada ou se, como deve ser, tem a ver com a necessidade que as instituições do Estado encontram para humanizar o atendimento público. Acredito que seja por esta última razão, a da humanização do atendimento ao público, um ganho que apenas contribui para que, como país, avancemos decisivamente moderno e desenvolvido. Todas as vezes que lá vou tratar de algum assunto, saio sempre esclarecida e admirada pelo comportamento dos trabalhadores, coisa rara no nosso país, onde certos trabalhadores atendem as pessoas sem um mínimo de consideração, sem ética nem respeito, como se de um favor se tratasse. Parabéns INSS, que continuem assim com esta humildade e educação.
Estado dos esgotos
O motivo que me leva a escrever é o seguinte: vivo em Viana, na Rua Brasileira. É com satisfação mas também com um certo receio e tristeza que vejo a mesma a ser asfaltada, embora por etapas. Mas há um senão. Não se vê nenhum sinal de que farão esgotos. Nós temos muitos quadros formados em Arquitectura, Construção Civil, Geologia, etc., porquê não os ouvir sempre que se repara ou se constrói uma estrada? Não entendo nada de construção, mas não é preciso ser doutor para saber que se não se fizer esgotos o tempo útil de uma rua será mínimo.