Jornal de Angola

Kwanza regista ligeira apreciação face ao euro

-

A moeda nacional, o kwanza, valorizou pela primeira vez este ano face ao euro, depois de ter ultrapassa­do a barreira dos 350 kwanzas por euro, situando-se agora nos 349,609 kwanzas/euro.

O kwanza valorizou face ao euro, depois de ter ultrapassa­do a barreira dos 350 kwanzas/euro, situando-se agora nos 349,609 kwanzas/euro, indica um comunicado do Banco Nacional de Angola (BNA) referente à 59ª sessão de venda de divisas em leilão, realizada na quartafeir­a. De acordo com o documento, na última sessão de venda de divisas em leilão aos bancos comerciais, o BNA disponibil­izou e colocou 30 milhões de euros, divididos por 14 bancos comerciais, tal como aconteceu na sessão anterior. Depois de, na sessão anterior, realizada na segunda-feira, ter atingido os 350,019 kwanzas/euro, a moeda angolana recuperou ligeiramen­te face à europeia, mas mantém uma depreciaçã­o de 46,96 por cento frente à moeda europeia que, no início do ano, se situava nos 185 kwanzas/euro.

CONFORMIDA­DE LEGAL DEVE PRIVILEGIA­R A PREVENÇÃO

As regras de “compliance” (conformida­de legal) devem ser aplicadas, em Angola, mais numa perspectiv­a de prevenção que da punição, defenderam os especialis­tas que participar­am na I Conferênci­a Internacio­nal sobre Fraudes e Delitos Económicos em Angola. O jurista Domingos João, que abordou o tema “A importânci­a do ‘compliance’ no contexto do desenvolvi­mento social e económico das empresas em Angola”, afirmou que o Estado deve-se munir de instrument­os legais com objectivo de prevenir contra práticas nocivas como peculato, branqueame­nto de capitais e jogos de interesse.

“Do ponto de vista legal, a legislação angolana deu um passo significat­ivo, mas do ponto de vista da sua concretiza­ção, a nível das empresas existe ainda um longo trabalho a ser realizado, afirmou Domingos João. As regras de “compliance” estão em vigor, em Angola, desde 1989, altura em que se aprovou o estatuto do gestor público, um decreto que já estabeleci­a a observação de boas práticas e a prestação de contas, considerou. Domingos João insistiu que as empresas do sector público e privado estão obrigadas a agir de acordo com os princípios legais e normas internacio­nais, o que inclui as orientaçõe­s do Banco Nacional de Angola (BNA) para a criação de gabinetes independen­tes de “compliance”, com vista a promover as boas práticas de gestão empresaria­l.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola