Jornal de Angola

Ex-chefe militar dos EUA admite guerra com China

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O antigo comandante das forças militares dos Estados Unidos (EUA) na Europa admitiu, na quarta-feira, que é muito provável que os norte-americanos e a China estejam em guerra dentro de 15 anos.

O tenente-general retirado Ben Hodges afirmou que os aliados europeus terão de fazer mais para garantirem a sua própria defesa, perante uma ressurgent­e Rússia, porque os EUA vão precisar de dar mais atenção à defesa dos seus interesses no Pacífico.

“Os EUA precisam de um pilar europeu muito forte. Penso que dentro de 15 anos - o que não é inevitável -, é muito provável que estejamos em guerra com a China”, declarou Ben Hodges, numa sala cheia durante o Fórum de Segurança de Varsóvia, Polónia, um encontro de líderes e analistas políticos e militares da Europa Central.

“Os EUA não têm a capacidade para fazer tudo o que têm de fazer na Europa e no Pacífico para lidarem com a ameaça chinesa”, disse o excomandan­te Ben Hodges.

O militar norte-americano chefiou as forças dos EUA na Europa entre 2014 e o ano passado.

Agora, é analista de estratégia no Centro de Análise da Política Europeia (Center for European Policy Analysis), um instituto de investigaç­ão baseado em Washington, nos EUA.

Apesar da mudança de prioridade­s geopolític­as, Ben Hodges considerou que o compromiss­o dos EUA com a OTAN é “inabalável”, apesar das declaraçõe­s de Donald Trump.

Ben Hodges disse à The Associated Press que um recente quase choque entre um contra-torpedeiro norteameri­cano e um vaso de guerra chinês foi apenas um sinal que aponta para “uma relação crescentem­ente tensa e uma concorrênc­ia cada vez mais forte em todos os domínios”.

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DR Ben Hodges, antigo comandante das forças militares dos EUA

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