Rede internacional promove no país acções de saúde sexual e reprodutiva
A promoção dos programas de saúde sexual e reprodutiva nas comunidades angolanas, principalmente no meio rural, vão ganhar outra dinâmica, a partir do próximo ano, com a entrada em funcionamento da Rede Africana de Adolescentes e Jovens para População e Desenvolvimento (Afriyan Angola).
Lançada ontem, em Luanda, a Afriyan Angola, explicou Yolanda Miguel, vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e coordenadora do projecto, a rede internacional vai focar as actividades no reforço da promoção da saúde e direitos sexuais e reprodutivos, para que os jovens e adolescentes possam abordar a sexualidade e suas vertentes sem tabus.
A rede vai expandir ainda abordagens sobre a população e desenvolvimento juvenil e a participação deste grupo social no desenvolvimento sustentável, assim como a igualdade e equidade no género.
Com a expansão e maior conhecimento, a responsável da rede, que já está representada em 21 países africanos, acredita que a defesa dos direitos, a saúde sexual e reprodutiva da população e seu desenvolvimento no país ficam melhor salvaguardados. Enquanto se espera pela legalização internacional, que pode acontecer, até Janeiro, a Afriyan Angola vai funcionar como um programa interno do CNJ, com acções viradas para a promoção, instalação e mobilização de parceiros. Tão logo se licencie, a organização vai avançar com a elaboração de um programa que visa criar um ambiente apropriado para a participação inclusiva dos jovens e promover o investimento na juventude e no desenvolvimento sustentável.
Quando iniciar a trabalhar oficialmente, a Afriyan Angola vai priorizar áreas da advocacia, capacitação, comunicação, governação, mobilização de recursos e serviços direccionados para os jovens e adolescentes.
Para isso, Angola vai contar com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), garantiu a sua representante, Florbela Fernandes, para quem é fundamental que o Governo assuma o compromisso de abraçar a plataforma e criar condições para que os jovens angolanos possam participar activamente.
Florbela Fernandes disse que o FNUAP vai ainda prestar apoio para que a Afriyan Angola beba de toda a experiência das outras congéneres e ajudar na busca de parcerias e apoios da rede no país, onde 65 por cento da população é jovem.