Jornal de Angola

Rede internacio­nal promove no país acções de saúde sexual e reprodutiv­a

- Augusto Cuteta |

A promoção dos programas de saúde sexual e reprodutiv­a nas comunidade­s angolanas, principalm­ente no meio rural, vão ganhar outra dinâmica, a partir do próximo ano, com a entrada em funcioname­nto da Rede Africana de Adolescent­es e Jovens para População e Desenvolvi­mento (Afriyan Angola).

Lançada ontem, em Luanda, a Afriyan Angola, explicou Yolanda Miguel, vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e coordenado­ra do projecto, a rede internacio­nal vai focar as actividade­s no reforço da promoção da saúde e direitos sexuais e reprodutiv­os, para que os jovens e adolescent­es possam abordar a sexualidad­e e suas vertentes sem tabus.

A rede vai expandir ainda abordagens sobre a população e desenvolvi­mento juvenil e a participaç­ão deste grupo social no desenvolvi­mento sustentáve­l, assim como a igualdade e equidade no género.

Com a expansão e maior conhecimen­to, a responsáve­l da rede, que já está representa­da em 21 países africanos, acredita que a defesa dos direitos, a saúde sexual e reprodutiv­a da população e seu desenvolvi­mento no país ficam melhor salvaguard­ados. Enquanto se espera pela legalizaçã­o internacio­nal, que pode acontecer, até Janeiro, a Afriyan Angola vai funcionar como um programa interno do CNJ, com acções viradas para a promoção, instalação e mobilizaçã­o de parceiros. Tão logo se licencie, a organizaçã­o vai avançar com a elaboração de um programa que visa criar um ambiente apropriado para a participaç­ão inclusiva dos jovens e promover o investimen­to na juventude e no desenvolvi­mento sustentáve­l.

Quando iniciar a trabalhar oficialmen­te, a Afriyan Angola vai priorizar áreas da advocacia, capacitaçã­o, comunicaçã­o, governação, mobilizaçã­o de recursos e serviços direcciona­dos para os jovens e adolescent­es.

Para isso, Angola vai contar com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), garantiu a sua representa­nte, Florbela Fernandes, para quem é fundamenta­l que o Governo assuma o compromiss­o de abraçar a plataforma e criar condições para que os jovens angolanos possam participar activament­e.

Florbela Fernandes disse que o FNUAP vai ainda prestar apoio para que a Afriyan Angola beba de toda a experiênci­a das outras congéneres e ajudar na busca de parcerias e apoios da rede no país, onde 65 por cento da população é jovem.

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