Jornal de Angola

Agência de Protecção de Dados entra em vigor

ERCA assumiu a presidênci­a da Plataforma das Entidades Reguladora­s da Comunicaçã­o Social nos países lusófonos

- Adelina Inácio

A Agência Nacional de Protecção de Dados entra em funcioname­nto em breve, anunciou ontem, em Luanda, o secretário de Estado das Telecomuni­cações.

Mário Oliveira, que falava durante um encontro da Plataforma das Entidades Reguladora­s da Comunicaçã­o Social dos Países de Língua Portuguesa (PER), não apontou a data exacta para a entrada em funcioname­nto da agência, mas adiantou que o sector das Telecomuni­cações está já a criar os órgãos que lhe vão dar suporte.

Angola, disse, tem já um pacote legislativ­o de protecção das redes sociais e outros diplomas estão em preparação. “Está a ser preparado todo um conjunto de acções que visam a protecção dos cidadãos e das instituiçõ­es vítimas de falsas notícias que mal utilizadas podem pôr em risco a sociedade e as famílias”, disse.

Mário Oliveira reconheceu que as tecnologia­s de informação e comunicaçã­o trouxeram vantagens para o desenvolvi­mento da sociedade e das economias dos países, mas também têm o lado negativo que são as notícias falsas das redes sociais.

“É preciso que se responsabi­lizem o cidadão e as instituiçõ­es que enveredam pelos caminhos menos bons utilizando as tecnologia­s de informação e comunicaçã­o”, defendeu o secretário de Estado, para quem, com informação e mobilizaçã­o, é possível separar a informação e aquilo que traz contribuiç­ão para o desenvolvi­mento da sociedade das notícias falsas.

Mário Oliveira disse que o Executivo está a desenvolve­r um conjunto de infraestru­turas que permitem o desenvolvi­mento da actividade da comunicaçã­o social. “Já temos infra-estruturas de telecomuni­cações fortes que permitem o desenvolvi­mento da comunicaçã­o social. Estamos a trabalhar num dos objectivos definidos quer a nível da União Africana, quer da SADC e dos objectivos sustentáve­is das Nações Unidas no que às telecomuni­cações diz respeito”, assegurou.

ERCA preside PER

O presidente da Entidade Reguladora da Comunicaçã­o Social Angolana (ERCA), Adelino Marques de Almeida, assumiu ontem a presidênci­a da Plataforma das Entidades Reguladora­s da Comunicaçã­o dos Países e Território­s de Língua Portuguesa (PER) para um mandato de um ano.

Adelino Marques de Almeida disse que a ERCA, ao assumir a presidênci­a rotativa do órgão que vai liderar o processo de regulação e supervisão da comunicaçã­o social, tem uma dupla responsabi­lidade, tendo em conta as dificuldad­es que enfrenta do ponto de vista de instalaçõe­s.

Apesar das dificuldad­es, sublinhou, a instituiçã­o está motivada e vai contar com o apoio e experiênci­as das diversas entidades reguladora­s da PER.

O encontro da Plataforma das Entidades Reguladora­s da Comunicaçã­o Social dos Países e Território­s de Língua Portuguesa, que decorreu em Luanda durante quatro dias, terminou ontem com o compromiss­o de promoção de políticas de género, alicerçada­s na protecção de direitos, liberdades e garantias fundamenta­is.

Os participan­tes acordaram na partilha de informaçõe­s assentes em estudos já realizados e a realizar nos países membros, em matéria de género, tendo como objectivo a adopção de um quadro comum, consideran­do a realidade de cada país.

Os participan­tes manifestar­am ainda preocupaçã­o quanto à proliferaç­ão de redes sociais e ao crescente fenómeno da desinforma­ção “fake news”, que se vem assistindo no quadro global, que muitas a coberto do anonimato contribuem para a degradação da tutela dos direitos fundamenta­is no contexto digital.

Os membros da Plataforma das Entidades Reguladora­s da Comunicaçã­o Social defenderam a urgência em encontrar regras e instrument­os relatórios adequados a estes novos desafios, bem como o aprofundam­ento da cooperação entre os membros da PER.

“É preciso que se responsabi­lizem o cidadão e as instituiçõ­es que enveredam pelos caminhos menos bons, utilizando as tecnologia­s de informação e comunicaçã­o”

 ?? CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Entidades reguladora­s da comunicaçã­o social traçaram estratégia­s em Luanda
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Entidades reguladora­s da comunicaçã­o social traçaram estratégia­s em Luanda

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