Jornal de Angola

Bolsonaro eleito Presidente

Jair Bolsonaro foi ontem eleito Presidente do Brasil, ao conquistar na segunda volta das presidenci­ais 55,54 por cento dos votos. Fernando Haddad, obteve 44, 6 por cento

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O candidato da extremadir­eita Jair Bolsonaro foi ontem eleito Presidente do Brasil, ao conquistar na segunda volta das presidenci­ais 55,54 por cento dos votos. O candidato do Partido dos Trabalhado­res (PT), Fernando Haddad, obteve 44, 6 por cento dos votos.

Cerca de 147 milhões de eleitores brasileiro­s foram ontem chamados às urnas, para a segunda volta das eleições presidenci­ais, escolhendo o sucessor de Michel Temer como 38.º Presidente da República Federativa do Brasil.

No seu discurso de vitória, via internet, Jair Bolsonaro disse que a verdade foi a grande vencedora deste pleito, denunciand­o a feroz campanha comunista e populista contra a sua candidatur­a.

Prometeu constituir no próximo ano um governo que volte a colocar o Brasil num lugar de destaque com o apoio das várias forças políticas do Congresso do Brasil.

Dados oficiais indicavam que Jair Bolsonaro venceu a votação em Luanda, com 91 dos 166 votos expressos (54,81 por cento), contra 67 (40,36 por cento) de Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhado­res (PT).

O número de votantes foi igual ao da primeira volta, 166, com a particular­idade de se terem registado seis votos nulos (3,61por cento) e dois em branco (1,20 por cento), uma vez que, face ao número diminuto de eleitores, não foi utilizada a urna electrónic­a. Na primeira volta, no dia 7 deste mês, Bolsonaro tinha também vencido em Angola, ao recolher 88 votos, contra os 33 de Haddad, com os restantes 45 a serem dispersos pelos outros candidatos.

Em Lisboa, Bolsonaro venceu a votação nas 27 assembleia­s de voto, conquistan­do 64,4 por cento dos 6.948 votos válidos. De acordo com os dados afixados na Faculdade de Direito, onde decorreu a votação em Lisboa, Jair Bolsonaro obteve 4.475 votos contra 2.473 votos (35,5 por cento) de Fernando Haddad. Na Ásia, a comunidade de eleitores brasileiro­s votou maioritari­amente a favor de Jair Bolsonaro.

Acontecime­ntos à boca das urnas

Um homem, de 50 anos, e uma mulher de 51 morreram durante a votação, vítimas de ataque cardíaco. Ambos os casos acontecera­m no Rio de Janeiro. De acordo com as notícias, a mulher ainda foi transporta­da com vida para o hospital local pelo Corpo de Bombeiros, mas acabou por não resistir. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que foram substituíd­as 1.956 urnas electrónic­as e que os crimes eleitorais à boca de urna levaram à detenção de 58 pessoas.

Num balanço divulgado ontem à tarde, o TSE informou que as prisões foram motivadas pela prática de propaganda eleitoral, que é proibida no dia da eleição no Brasil, e acontecera­m nos estados do Ceará, Distrito Federal, Pará, na Paraíba, em Pernambuco, no Paraná, em Santa Catarina e São Paulo. O balanço revela ainda que foram registadas 83 ocorrência­s, das quais 22 à boca das urnas.

Início da votação

Os brasileiro­s dos Estados mais orientais começaram a votar às 8h00 locais (11h00 em Angola). Nas primeiras informaçõe­s, os canais televisivo­s brasileiro­s noticiaram que as longas filas que se formaram logo pela manhã eram superiores às da primeira volta, a 7 de Outubro.

Às 11h00 de Angola, abriram as assembleia­s de voto nos mais populosos Estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro ou São Paulo, bem como em quase todo o nordeste do país.

Além da corrida presidenci­al, milhares de eleitores brasileiro­s escolheram também 14 governador­es.

As assembleia­s de voto foram abertas pelas 8h00 locais e o encerraram às 17h00 de cada fuso horário. As últimas urnas electrónic­as fecharam no Estado do Acre, às 22h00 em Angola, junto à fronteira com o Peru. A ex-Presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, chefe da missão de observador­es que a Organizaçã­o dos Estados Americanos (OEA) enviou ao Brasil para acompanhar as eleições certificou que decorreram de forma “tranquila e organizada”.

Chinchilla visitou uma escola de Brasília utilizada como centro eleitoral aos jornalista­s. Aos jornalista­s disse que o processo transcorre­u sem incidentes.

Nos últimos dias, a missão da OEA manifestou preocupaçã­o com o uso de redes sociais e da plataforma Whatsapp para a divulgação de notícias falsas contra os dois candidatos, algo que, pela magnitude com que ocorreu, classifico­u como “sem precedente­s”.

A missão liderada por Chinchilla anunciou que apresenta hoje um relatório detalhado sobre a observação que fez da segunda volta.

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DR Jair Bolsonaro deve dirigir os destinos do Brasil nos próximos quatro anos

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