Inaugurada a estátua da unidade nacional
O ministro da Educação de São Tomé e Príncipe pediu “maior unidade dos sãotomenses” durante a inauguração de uma estátua, no centro da capital, pelo Presidente da República, do líder rebelde rei Amador Vieira.
“A unidade é o pilar fundamental para garantirmos a prosperidade do país”, disse o ministro da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação, Olinto Daio, na cerimónia, em que participaram membros do Governo, representantes diplomáticos e alunos dos diversos níveis de ensino do país.
Olindo Daio disse que a inauguração da estátua do rei Amador, enquanto precursor da luta pela libertação, acontece num momento em que “o povo são-tomense tem fome de uma mensagem de unidade”, numa referência implícita aos constantes apelos do partido no Governo, a Acção Democrática Independente (ADI), que venceu as eleições legislativas de 7 de Outubro com maioria simples, para a formação de um Governo de unidade nacional. “Queremos que cada cidadão ultrapasse de ver a realidade através da sua lente partidária e que juntos continuemos a marcha daqueles que nos antecederam”, disse Daio, sublinhando que o que se pretende é “uma marcha por um São Tomé e Príncipe livre, justo e próspero”.
O Dia do Rei Amador é celebrado em São Tomé e Príncipe como feriado nacional no dia 4 de Janeiro. A inauguração da estátua dois meses antes mereceu críticas, que o ministro Olinto Daio desvalorizou.
Amador Vieira, ou Rei Amador, foi um líder rebelde da colónia portuguesa de São Tomé e Príncipe, no final do século XVI. Liderou a revolta de escravos que ocorreu naquelas ilhas em 1595, e chegou a fundar um reino próprio, livre do domínio português.
Pouco se sabe a respeito da vida de Amador e, com o passar dos séculos, a sua figura tornou-se mítica entre os cidadãos daquele país africano, um símbolo de libertação do domínio colonial. Por isso mesmo, boa parte dos textos que tratam da história de Amador misturam factos reais com lendas.