Eleições na RDC na data marcada
Presidente da República do Congo endereçou ontem uma mensagem verbal ao homólogo angolano, João Lourenço
O ministro da Defesa do Congo, Monjo Richard, afirmou ontem, em Luanda, estar convicto de que as eleições gerais na vizinha República Democrática do Congo (RDC) serão realizadas a 23 de Dezembro.
O enviado especial do Presidente da República do Congo, Monjo Richard, mostrou-se ontem convicto que as eleições na República Democrática do Congo, marcadas para o dia 23 de Dezembro, vão ser realizadas na data prevista.
Monjo Richard foi recebido ontem, em audiência, pelo Presidente João Lourenço, a quem transmitiu uma mensagem verbal do Chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso, presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
O também ministro da Defesa do Congo disse que as eleições na RDC devem mobilizar a atenção não só de todos os países da região, mas também do mundo.
Monjo Richard entende que a RDC é um país soberano que tem a sua agenda e que, por isso, vai realizar as suas eleições gerais de forma livre, justa e credível.
Na mensagem, o Presidente da República do Congo manifestou o desejo de ver reforçadas e diversificadas as relações de cooperação com Angola nos próximos tempos.
“Vim a Luanda na qualidade de enviado especial do Chefe de Estado da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, com o objectivo de transmitir ao Presidente da República, João Lourenço, uma mensagem verbal do seu homólogo”, sublinhou Monjo Richard, à saída da audiência no Palácio Presidencial da Cidade Alta.
No encontro, foram abordados aspectos ligados à cooperação bilateral e os mecanismos para o seu reforço, o desempenho da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos sob presidência da República do Congo e a situação política e económica da região da África subsahariana e da África Central.
“A República do Congo assume actualmente a presidência da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, ao suceder Angola, no ano passado. Ao termos uma oportunidade desta envergadura, aproveitamos para abordar questões de vária ordem ligadas à subregião”, disse Monjo Richard.
O ministro da Defesa do Congo considerou histórica e diversificada a cooperação entre os dois países, mas defende ser fundamental buscar outros domínios de interesse comum. Por isso, as questões ligadas ao reforço da cooperação foram aspectos abordados durante o encontro, tal como questões relacionadas com a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos e da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).
Angola passou o testemunho da presidência rotativa da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) à República do Congo em Outubro do ano passado, altura em que o país vizinho acolheu a sétima Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização.
A CIRGL foi dirigida por Angola durante dois mandatos, tendo o primeiro iniciado em Janeiro de 2014. O segundo mandato iniciou em Fevereiro de 2016, por convite dos restantes Estados-membros, depois de o Quénia ter manifestado indisponibilidade para as funções.
A diplomacia angolana estabeleceu como prioridade, no primeiro mandato à frente da CIRGL, a resolução dos conflitos armados na RCA e RDC, mas que permanecem activos e provocam instabilidade na Região dos Grandes Lagos.
Criada em 1994, a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos integra, além de Angola e o Congo, o Burundi, República Centro-Africana (RCA), República Democrática do Congo (RDC), Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
Ainda ontem, o Presidente da República, João Lourenço, recebeu, em audiências separadas, dois investidores. O primeiro foi o presidente da Daymond Corporation, Kevin Yau. Depois foi a vez do presidente da International Resources Limitada, Chung Hon Dak.
Ainda ontem, o Presidente da República recebeu em audiências separadas os presidentes da Daymond Corporation e da International Resources Limitada