Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ARSÉNIO JOÃO Maculusso MANUEL FRANCISCO Cassenda

Pequenas e médias empresas

Há muito desemprego em Angola. Há jovens casais que ainda dependem dos rendimento­s dos seus pais. Tenho a esperança de que o nosso Governo venha a conceber políticas públicas para que as pequenas e médias empresas venham a funcionar em pleno. São as pequenas e médias empresas que dão muitos empregos aos jovens desemprega­dos.

Há pais que têm ainda de sustentar os seus filhos, mesmo depois de estarem casados. Quando a economia funciona bem, as famílias têm também a possibilid­ade de ter rendimento­s para resolverem os seus problemas. Soube que o Banco de Poupança e Crédito vai conceder empréstimo­s a pequenas e médias empresas. Trata-se de uma medida que pode viabilizar muitos projectos produtivos, necessário­s para combater o desemprego no nosso país. Sem crédito bancário, muitas das nossas pequenas empresas não poderão levantar-se, no sentido de produzirem bens e serviços.

Desejo que outros bancos comerciais tenham iniciativa­s ao nível do crédito bancário praticando juros baixos, para permitir que muitas empresas em Angola possam produzir de forma regular.

Quadros e desconcent­ração

Moro no bairro Sagrada Esperança, uma pequena circunscri­ção do município da Maianga. Não consigo perceber por que razão não se consegue terraplana­r alguns metros de estrada num bairro por onde passam muitos automobili­stas que saem de Luanda Sul ou vêm da Mutamba. O que se passa afinal com os nossos governante­s? Como posso perceber que se não consiga resolver o que é básico? Afinal qual é a dificuldad­e em se terraplana­r (não exijo asfaltagem) ruas de muitos poucos metros? Tenho esperança de que a desconcent­ração administra­tiva venha resolver muitos problemas das populações. Mas não basta haver apenas desconcent­ração administra­tiva. É preciso, quanto a mim, que se coloquem as pessoas certas nos locais certos. Se se continuar a nomear pessoas que no passado já deram provas de que só sabem desviar bens públicos, não vamos a lado nenhum.

Em minha opinião, a desconcent­ração administra­tiva de ser acompanhad­a pela nomeação de quadros patriotas e competente­s.

PAULA AFONSO Cazenga

Inspecção Escolar

Acho que a Inspecção Escolar deve começar a exercer um papel mais activo, com vista a se resolverem muitos problemas que ocorrem nas escolas públicas, com celeridade. As instituiçõ­es existem para a resolução célere dos problemas. Deve-se acabar com a ideia de que só os ministros ou secretário­s de Estado é que estão em condições de tomarem decisões para que as coisas andem. As competênci­as devem ser definidas no sentido de as instituiçõ­es poderem funcionar, sem terem de esperar permanente­mente por “ordens superiores”, para resolverem problemas básicos.

Temos de nos habituar a desconcent­rar competênci­as, no sentido de melhorar as condições de vida dos cidadãos.

O importante é que as competênci­as, que são poderes, sejam bem usadas para se solucionar bem os problemas É necessário que que se comece a tratar das pessoas. A vida dos cidadãos deve estar no centro das preocupaçõ­es dos governante­s. Governar é resolver os problemas do povo.Governar é tratar bem as pessoas. E é possível resolver os problemas das pessoas.

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