Jornal de Angola

Cursos superiores vão agora ser feitos em função da necessidad­e do mercado

- Manuela Gomes

Os cursos de licenciatu­ra, mestrados e doutoramen­to, ministrado­s nas instituiçõ­es de ensino superior públicas e privadas, vão ser feitos em função das reais necessidad­es do mercado de trabalho e do plano de desenvolvi­mento económico do país, informou ontem, em Luanda, a ministra Maria do Rosário Sambo.

Falando na abertura do I Conselho Consultivo do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, a titular da pasta disse que a nova orientação preconiza que as instituiçõ­es devem no futuro cingir a oferta formativa à necessidad­e do mercado, a fim de evitar o número de licenciado­s sem emprego.

A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação reconheceu, na ocasião, que a implementa­ção do conceito de regionaliz­ação do ensino superior, com a criação das regiões académicas, não revelou alinhament­o com o plano de desenvolvi­mento económico do país.

Maria do Rosário Sambo disse que o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação definiu as principais prioridade­s para um melhor funcioname­nto do sector, que engloba melhoria da capacidade da rede de instituiçõ­es e o aumento dos cursos e do número de graduados.

A oferta de cursos de pósgraduaç­ão no país, a melhoria da qualidade do ensino e o reforço da qualificaç­ão de mestres e doutores também constam das prioridade­s do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.

No âmbito do Plano de Desenvolvi­mento Nacional20­18/2022, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação defende a promoção da investigaç­ão e o desenvolvi­mento das universida­desecentro­sdeinvesti­gação, com a presença de investigad­ores científico­s de carreira.

Centros de investigaç­ão

Para o desenvolvi­mento dos centros de investigaç­ão, a ministra defende a instalação de laboratóri­os apetrechad­os e a conexão com redes internacio­nais de investigaç­ão e de divulgação, partilha e acesso de dados nacionais e internacio­nais, e o desenvolvi­mento do sistema de avaliação e certificaç­ão do ensino superior.

Na presença de reitores das universida­des públicas e privadas e de membros de associaçõe­s representa­tivas de docentes e estudantes, Maria do Rosário Sambo disse que o sector que dirige “vai analisar a qualidade dos diplomados, seja qual for o nível de formação (licenciatu­ra, especializ­ação, mestrado ou doutoramen­to)”.

Para Maria do Rosário Sambo, a análise da qualidade do diplomado não vai ser de forma simplista, descontext­ualizada e redutora e afirmou que o diplomado é resultado de um sistema complexo, com vários intervenie­ntes.

O aumento significat­ivo de estudantes e instituiçõ­es de ensino superior públicas e privadas, cobrindo todo o país, está em conformida­de com o contexto global, continenta­l e regional.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO A ministra Maria do Rosário Sambo (ao centro) discursou na abertura do Conselho Consultivo

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