Nacionalista Adolfo Maria apresenta “O que Falta”
O livro de poemas “O que Falta” de Adolfo Maria é lançado amanhã, às 18h30, na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), em Lisboa, com a chancela das Edições Colibri.
A sessão de apresentação do livro vai ter como oradores Vítor Ramalho, Inocência Mata e José Luís Hopffer Almada. O momento de música vai ser garantido por Necas Prazeres, enquanto Virgínia Correia vai declamar poesia.
Neste livro, Adolfo Maria fala do Mundo e das gentes e desvenda-se, através de poemas, numa centena de páginas, divididas pelos temas do Exílio, do Amor, da Saudade, da Mulher, da Meditação e da Finitude.
Na abertura do livro de poemas “O Que Falta”, o autor refere: “(...) quando alguém esteve empenhado em combates pela dignidade humana, esperam-se dele escritos ou discursos de análise, denúncia, encorajamento em vez de poemas (...) no meu caso, dediquei a já razoavelmente longa vida a esses combates (...). Sucedeu que, nessa luta contra a opressão das pessoas e dos povos (duros combates físicos e psíquicos!), a minha sensibilidade captava os sofrimentos e esperanças, a mente não deixava de questionar a realidade que fui encontrando e vivendo. Por vezes registei em prosa e mais raramente em verso o que sentia e pensava.”
Adolfo Maria acrescenta: “Agora, cheguei a uma fase da vida onde o espaço da acção está naturalmente suplantado pelo da meditação, o que propicia momentos de escrita sob a forma de poemas, numa vontade de falar a quem procura sentir o mundo (falar de... exílio, amor, saudade...). Para mim é ‘O Que Falta’”.
Adolfo Maria, nascido em Luanda, entregou-se desde a sua juventude à luta nacionalista pela independência de Angola. Tem publicado vários lirvos “Angola, Sonho e Pesadelo”, “Angola no Tempo da Ditadura Democrática Revolucionária - Poética do AutoCárcere”, “Angola - Contributos à Reflexão” e os romances “Naquele dia naquele Cazenga” e “Na terra dos TTR”. Todas estas obras foram editadas pela Edições Colibri, em Lisboa. Elias dya Kimwezo, Carlos Lamartine, Santos Júnior, Dina Santos, Justino Handanga e Eduardo Paim são os convidados de uma gala dedicada aos heróis nacionais e internacionais denominada “Dipanda da Nação”, a ser realizada, a partir das 20h00, do próximo sábado, que se estende até à madrugada do dia seguinte, na Casa Viana, em Luanda.
O convívio, organizado com o lema “Unidos na Diversidade”, é mais um momento de grandes mudanças em que a Nação criou grandes expectativas, disse um dos membros da organização, que afirmou que todos os cantores já confirmaram a sua participação.
Nhatna Cessangue disse, ontem ao Jornal de Angola, que a gala é uma homenagem a vários nacionalistas angolanos e estrangeiros que “representam uma parte ínfima dos milhares de patriotas e heróis conhecidos e anónimos, muitos dos quais ainda vivos que contribuíram para a Independência Nacional.”
O membro da organização garantiu estarem a trabalhar nos aspectos técnicos como acabamentos na montagem do palco, som e luz, de maneira a realizar-se um espectáculo à dimensão dos heróis nacionais, em particular, e dos estrangeiros, em geral, que cada um à sua maneira lutou com honra e distinção por uma Angola melhor.
Com mais da metade dos ingressos já comercializados para a surpresa da organização, os jovens lideram a lista dos maiores compradores, Nhatna Cessangue sustenta essa razão pelo facto de o país estar a registar “uma passagem de testemunho e o resgatar dos valores.”
A gala é promovida pela Associação Empresarial de Luanda e a Confederação Empresarial de Angola.