CARTAS DOS LEITORES
Provas finais
As escolas preparam-se, na sua generalidade, para a realização das provas finais, um contexto em que as famílias deviam também fazer prova do seu papel. Julgo que é importante que as famílias instem os seus educandos no sentido de maior empenho nesta fase em que se avizinha as provas finais. Para as famílias e em minha opinião, não há melhor ferramenta que a sociedade angolana tem para uma melhor mobilidade social como as escolas. Por isso, nada melhor que estudar, estudar e estudar como aconselham os mais velhos. Como mais velho, escrevo estas linhas para modestamente apelar às famílias para acompanharem, cada vez mais, os seus filhos no sentido de obterem melhor desempenho nas provas finais.
Redes Sociais
Nas últimas semanas, o número de fake news relacionadas com o que supostamente estaria a acontecer com os imigrantes ilegais em Angola foi de bradar aos céus. Da Nigéria à República Democrática do Congo (RDC), choveram “fake videos” em que angolanos estavam alegadamente a maltratar os estrangeiros, felizmente já desmentidos pelas autoridades dos países mencionados. Tudo isso por causa da rapidez e algum descontrolo das redes sociais, este monstro tecnológico que coloca muita gente de cabelos eriçados. Ainda bem que os países têm os canais diplomáticos para dirimir situações menos boas que eventualmente surgem e tudo fazem em tempo útil para evitar males maiores. Na verdade, os aproveitadores devem ser ultrapassados por estas iniciativas porque, de outra maneira, os efeitos podem ser devastadores. Penso que as comunidades estrangeiras que se encontram em Angola podem também elas mesmas descrever o que estão a viver no país. Através dessas comunidades, muitas delas de alguma maneira integradas na sociedade angolana são o reflexo da harmonia que existe no país. Para terminar, apenas pretendo apelar às autoridades angolanas no sentido de reagirem mais activamente, com os devidos esclarecimentos e com acções voltadas para essas comunidades para que elas mesmas se pronunciem. Nós angolanos, enquanto africanos, não podemos deixar de ser hospitaleiros para com os nossos irmãos, sobretudo aqueles que respeitam as nossas leis. HERMÍNIA MARTINS
Vila Alice
Nossa Black Friday
Noutras realidades, a “Sextafeira Negra” costuma ser associada aos descontos que as lojas de conveniência, de produtos “prêt-a-porter”, calçado e outros realizam amplamente, para gáudio dos consumidores. Trata-se de uma cultura em que a fase de saldos acaba por estimular o comércio, sobretudo em determinadas fases do ano. O consumismo é um dos motores da economia em qualquer parte do mundo, independentemente do seu lado negativo. Aqui e numa altura em que se aproxima a época de festas, faz todo o sentido que tenhamos também fases de desconto, que nunca sucedem na nossa sociedade. Era bom que na fase final do ano as nossas lojas, de uma maneira geral, nunca se predisponham a fazer descontos significativos, embora acabem “sobrando” com o stock cheio de produtos que passam para o inventário do ano a seguir. Há descontos, é verdade, mas nunca são atractivos na medida em que os mesmos não se reflectem nas algibeiras dos consumidores. Para terminar, gostaria que a inspecção das actividades económicas fosse mais incisiva, sobretudo na avaliação da estrutura de preços.