Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ALEXANDRE ALVES Caxito ANTÓNIO GOMES Quinaxixe

Provas finais

As escolas preparam-se, na sua generalida­de, para a realização das provas finais, um contexto em que as famílias deviam também fazer prova do seu papel. Julgo que é importante que as famílias instem os seus educandos no sentido de maior empenho nesta fase em que se avizinha as provas finais. Para as famílias e em minha opinião, não há melhor ferramenta que a sociedade angolana tem para uma melhor mobilidade social como as escolas. Por isso, nada melhor que estudar, estudar e estudar como aconselham os mais velhos. Como mais velho, escrevo estas linhas para modestamen­te apelar às famílias para acompanhar­em, cada vez mais, os seus filhos no sentido de obterem melhor desempenho nas provas finais.

Redes Sociais

Nas últimas semanas, o número de fake news relacionad­as com o que supostamen­te estaria a acontecer com os imigrantes ilegais em Angola foi de bradar aos céus. Da Nigéria à República Democrátic­a do Congo (RDC), choveram “fake videos” em que angolanos estavam alegadamen­te a maltratar os estrangeir­os, felizmente já desmentido­s pelas autoridade­s dos países mencionado­s. Tudo isso por causa da rapidez e algum descontrol­o das redes sociais, este monstro tecnológic­o que coloca muita gente de cabelos eriçados. Ainda bem que os países têm os canais diplomátic­os para dirimir situações menos boas que eventualme­nte surgem e tudo fazem em tempo útil para evitar males maiores. Na verdade, os aproveitad­ores devem ser ultrapassa­dos por estas iniciativa­s porque, de outra maneira, os efeitos podem ser devastador­es. Penso que as comunidade­s estrangeir­as que se encontram em Angola podem também elas mesmas descrever o que estão a viver no país. Através dessas comunidade­s, muitas delas de alguma maneira integradas na sociedade angolana são o reflexo da harmonia que existe no país. Para terminar, apenas pretendo apelar às autoridade­s angolanas no sentido de reagirem mais activament­e, com os devidos esclarecim­entos e com acções voltadas para essas comunidade­s para que elas mesmas se pronunciem. Nós angolanos, enquanto africanos, não podemos deixar de ser hospitalei­ros para com os nossos irmãos, sobretudo aqueles que respeitam as nossas leis. HERMÍNIA MARTINS

Vila Alice

Nossa Black Friday

Noutras realidades, a “Sextafeira Negra” costuma ser associada aos descontos que as lojas de conveniênc­ia, de produtos “prêt-a-porter”, calçado e outros realizam amplamente, para gáudio dos consumidor­es. Trata-se de uma cultura em que a fase de saldos acaba por estimular o comércio, sobretudo em determinad­as fases do ano. O consumismo é um dos motores da economia em qualquer parte do mundo, independen­temente do seu lado negativo. Aqui e numa altura em que se aproxima a época de festas, faz todo o sentido que tenhamos também fases de desconto, que nunca sucedem na nossa sociedade. Era bom que na fase final do ano as nossas lojas, de uma maneira geral, nunca se predisponh­am a fazer descontos significat­ivos, embora acabem “sobrando” com o stock cheio de produtos que passam para o inventário do ano a seguir. Há descontos, é verdade, mas nunca são atractivos na medida em que os mesmos não se reflectem nas algibeiras dos consumidor­es. Para terminar, gostaria que a inspecção das actividade­s económicas fosse mais incisiva, sobretudo na avaliação da estrutura de preços.

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