Jornal de Angola

Renovação do grupo e estágio foram a chave

- António Cristóvão

O selecciona­dor nacional de futebol para amputados, Augusto Baptista “Cheto”, assegurou ontem, que a renovação do grupo, a preparação no país e o estágio na África do Sul foram determinan­tes para o alcance do título mundial.

“Partimos com a lição bem estudada. Era preciso defender ou melhorar o segundo lugar alcançado em 2014. Graças à Deus, a sorte esteve do nosso lado. Foi um campeonato difícil e disputado com selecções de nível equiparado”, destacou o técnico.

Questionad­o sobre o desaire frente ao Haiti, na terceira e última jornada do Grupo C, Augusto Baptista declarou: “projectamo­s a derrota para evitar o cruzamento com os russos nos oitavos-de-final. Só apenas isso. O Haiti segurament­e estava ao nosso alcance”.

Por outro lado, Cheto reconheceu, que a final diante da Turquia foi o desafio mais difícil, pelo facto de os turcos também estarem a renovar o plantel. “Apresentar­amse bem durante a prova e com novos atletas. Tivemos muitas dificuldad­es para ultrapassá-los, aliás o resultado espelha bem isso”, disse. Celestino Elias, distinguid­o como melhor jogador do campeonato, mostrou-se feliz com o troféu e o reconhecim­ento. “Não foi fácil ganhar. Agradeço imenso aos meus companheir­os, treinadore­s e a direcção do Comité Paralímpic­o Angolano, por me terem dado esta oportunida­de”, declarou à imprensa.

Por sua vez, o capitão dos campeões do mundo, Hilário Kufula admitiu que no início foi complicado dirigir o balneário durante a preparação no país e no palco da competição, mas o amor à Pátria foi fundamenta­l para terminar a missão com êxito.

“O segredo da vitória foi a dedicação. Sem esquecer o esforço da equipa, humildade e o respeito pelos adversário­s. Conseguimo­s superar alguns mal entendidos no grupo”, sublinhou o médio do Misto de Benguela.

Está é a terceira presença do “sete” nacional no Mundial depois da participaç­ão em 2014, na cidade de Culiacán, México, onde foi vicecampeã­o e no município de Crespo, Argentina, tendo terminado na nona posição.

A próxima edição do Campeonato do Mundo de Futebol para Amputados disputa-se em 2022, na Polónia. Com a conquista do troféu inédito Angola chega ao Mundial de 2022 com a árdua missão de revalidar o título.

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