Renovação do grupo e estágio foram a chave
O seleccionador nacional de futebol para amputados, Augusto Baptista “Cheto”, assegurou ontem, que a renovação do grupo, a preparação no país e o estágio na África do Sul foram determinantes para o alcance do título mundial.
“Partimos com a lição bem estudada. Era preciso defender ou melhorar o segundo lugar alcançado em 2014. Graças à Deus, a sorte esteve do nosso lado. Foi um campeonato difícil e disputado com selecções de nível equiparado”, destacou o técnico.
Questionado sobre o desaire frente ao Haiti, na terceira e última jornada do Grupo C, Augusto Baptista declarou: “projectamos a derrota para evitar o cruzamento com os russos nos oitavos-de-final. Só apenas isso. O Haiti seguramente estava ao nosso alcance”.
Por outro lado, Cheto reconheceu, que a final diante da Turquia foi o desafio mais difícil, pelo facto de os turcos também estarem a renovar o plantel. “Apresentaramse bem durante a prova e com novos atletas. Tivemos muitas dificuldades para ultrapassá-los, aliás o resultado espelha bem isso”, disse. Celestino Elias, distinguido como melhor jogador do campeonato, mostrou-se feliz com o troféu e o reconhecimento. “Não foi fácil ganhar. Agradeço imenso aos meus companheiros, treinadores e a direcção do Comité Paralímpico Angolano, por me terem dado esta oportunidade”, declarou à imprensa.
Por sua vez, o capitão dos campeões do mundo, Hilário Kufula admitiu que no início foi complicado dirigir o balneário durante a preparação no país e no palco da competição, mas o amor à Pátria foi fundamental para terminar a missão com êxito.
“O segredo da vitória foi a dedicação. Sem esquecer o esforço da equipa, humildade e o respeito pelos adversários. Conseguimos superar alguns mal entendidos no grupo”, sublinhou o médio do Misto de Benguela.
Está é a terceira presença do “sete” nacional no Mundial depois da participação em 2014, na cidade de Culiacán, México, onde foi vicecampeão e no município de Crespo, Argentina, tendo terminado na nona posição.
A próxima edição do Campeonato do Mundo de Futebol para Amputados disputa-se em 2022, na Polónia. Com a conquista do troféu inédito Angola chega ao Mundial de 2022 com a árdua missão de revalidar o título.