Vinte suspeitos contra a vida do Presidente
O Ministério Público sãotomense (MP) acusou 20 suspeitos de crimes, incluindo atentado contra o Presidente e associação criminosa, após a investigação à “tentativa de golpe de Estado desmantelada” em Agosto passado.
Num comunicado distribuído à imprensa, o MP de São Tomé e Príncipe adianta que, entre os arguidos, estão três cidadãos espanhóis e dois são-tomenses detidos preventivamente desde essa altura.
Entre os crimes, constam ainda a alteração do Estado de Direito, posse de engenhos e substâncias explosivas e contrafacção de moedas, além de três crimes de conjura.
“A Procuradoria-Geral da República dá, assim, por concluído um processo de investigação de mais de dois meses, levado a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) sãotomense e que contou com o apoio de Portugal e da Interpol”, refere o comunicado.
O documento descreve “a assessoria técnica e directa da Unidade de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária Portuguesa”, prestada à PJ são-tomense, como tendo sido importante nessa investigação.
O comunicado de sete parágrafos sublinha ainda que “deduzidas que estão as acusações, o processo segue de imediato para o Tribunal de I Instância para efeito de julgamento.”
Na primeira semana de Agosto, o Governo sãotomense garantiu num comunicado que “impediu uma acção terrorista que visava o sequestro do Presidente da República, do presidente da Assembleia Nacional e a eliminação física do primeiroministro e Chefe do Governo.”
“Para além destas detenções, foram apreendidos, na posse dos três cidadãos espanhóis que actuavam no país como mercenários, na acção de busca que se seguiu, diverso material bélico”, sublinha o comunicado.