Jornal de Angola

Angola deplora informaçõe­s deturpadas

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Angola deplora a publicação de informaçõe­s deturpadas sobre a “Operação Transparên­cia”, em curso desde 25 de Setembro. Esta posição foi manifestad­a ontem, em Genebra, pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, durante encontros com a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet Jeria e com o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Fillipo Grandi.

O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, deu ontem a conhecer, em Genebra, Suíça, a verdade dos factos sobre a "Operação Transparên­cia", que conduziu à retirada de mais de 400 mil estrangeir­os que tinham tomado de assalto as regiões diamantífe­ras do país.

Diante da invasão, o Executivo, segundo o ministro, foi obrigado a tomar algumas medidas para impedir a continuaçã­o destas práticas, que lesaram profundame­nte o Estado angolano.

O ministro, que falava durante o encontro com a Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet Jeria, deu a conhecer a versão dos factos do Executivo sobre a “Operação Transparên­cia” em curso no país, com vista a repor a verdade, adulterada pela difusão de informação relacionad­a com alegadas expulsões massivas e forçadas de cidadãos estrangeir­os e consequent­e violação de direitos humanos.

Segundo o ministro Manuel Augusto, Angola deplora a publicação dessas informaçõe­s caracteriz­adas pela não observânci­a dos usos e práticas de imparciali­dade, isenção e objectivid­ade, que devem reger os princípios e normas de procedimen­tos que exigem que o Estado acusado possa apresentar a sua versão sobre os factos.

O chefe da diplomacia angolana lembrou que a “Operação Transparên­cia” em curso, iniciada a 25 de Setembro de 2018, nas províncias de Malanje, Lundas Norte e Sul, Cuanza-Sul, Cuando Cubango, Bié, Moxico, Zaire e Uíge, tem o objectivo de impedir a exploração ilegal de diamantes e outros recursos naturais em todo o território nacional.O ministro, que passou a mesma mensagem no encontro com o AltoComiss­ário das Nações Unidas para os Refugiados, Fillipo Grandi, residente em Genebra, esclareceu que a operação visa também prevenir eventuais fontes de financiame­ntos para alimentar e sustentar possíveis grupos armados susceptíve­is de desestabil­izar países da região dos Grandes Lagos.

Manuel Augusto acrescento­u que mais grave do que os prejuízos económicos resultante­s da exploração ilegal dos recursos do país são os danos causados à natureza, como resultado da utilização de explosivos durante a escavação das áreas de exploração diamantífe­ra, provocando alterações ambientais e efeitos negativos irreparáve­is no ecossistem­a angolano. O ministro reafirmou que Angola vai continuar a colaborar com todas as instituiçõ­es internacio­nais, incluindo a Comissão dos Direitos Humanos da ONU e do HCR, para o mesmo fim, tendo sempre presente o princípio do respeito pela soberania e integridad­e territoria­l.

Novo inspector

O ministro das Relações Exteriores deu por finda, na segunda-feira, a comissão ordinária de serviço ao embaixador do quadro da carreira diplomátic­a, António José de Lima Viegas, que vinha desempenha­ndo o cargo de inspector-geral do Ministério.

De acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores, em substituiç­ão de António José de Lima Viegas, o ministro Manuel Augusto nomeou Mateus Barros José, também ele do quadro da carreira diplomátic­a.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro das Relações Exteriores esclarece equívocos

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