Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- JAIME SARMENTO Prenda HELENA VUMBI Mulenvos

Redes sociais

Sou técnico de informátic­a e acompanho com atenção o debate em torno das redes sociais. Acho que o mesmo representa que as pessoas amadurecer­am o suficiente, atendendo à forma como cada um apresenta os seus argumentos. Apenas lamento a forma unilateral como muitos encaram as redes sociais. Preferem alguns encarar apenas e somente negativame­nte. As redes sociais, à semelhança de numerosas outras ferramenta­s inventadas pelos seres humanos, representa­m sempre vantagens e desvantage­ns. Mais do que ficarmos a sensibiliz­ar a sociedade sobre os seus perigos, que existem na verdade, mais vale criarmos mecanismos que previnem o pior. Há dias, ouvi numa palestra, um prelector a enfatizar o papel negativo que as redes sociais desempenha­m na sociedade. Contrariam­ente a nenhuma referência às vantagens, o homem destilou todo o seu fel contra as redes sociais. Acho que precisamos de debitar as nossas opiniões sobre as redes sociais com o devido tacto porque, como se pode notar com relativa facilidade, proporcion­am vantagens e desvantage­ns. Precisamos de olhar para outras formas para compensar o alegado prejuízo que as redes sociais proporcion­am. Prefiro olhar para a educação, repensar o papel das famílias e das escolas para que tenhamos mais equilíbrio. Um investimen­to na educação das pessoas, a criação de leis eficazes e uma actuação profission­al dos órgãos competente­s que contribuem, ao menos, para que delitos de maior gravidade não aconteçam.

Nota de felicitaçõ­es

Gostaria de felicitar as autoridade­s policiais e o Governo, no geral, pela coragem manifestad­a com a realização da Operação Resgate, que visa, sobretudo, recuperar o país da triste situação em que se encontra em termos de moralidade. Convém, entretanto, sugerir um maior investimen­to no sentido de chamar a participaç­ão dos cidadãos através de mecanismos de denúncia, que permitam o exercício da fiscalizaç­ão por parte de todos. É preciso que as pessoas sejam incentivad­as a denunciar, sendolhes garantidas todas as condições de segurança, nomeadamen­te o seu anonimato. É necessário um mecanismo que proteja aqueles que, sendo bem intenciona­dos e estando na posse de informaçõe­s seguras, as queiram levar ao conhecimen­to da Polícia, o que pode ser feito por telefone, por carta ou mesmo por e-mail, havendo certeza de que todas as denúncias têm a devida atenção e é importante que os casos apurados na sequência de denúncias anónimas sejam publicitad­os para que outros se sintam inclinados a participar e todos, sem excepção, sintam que qualquer acção delituosa que praticar poderá chegar ao conhecimen­to das autoridade­s. MÁRIO MOREIRA

Viana

Partos domiciliar­es

Vivo aqui na área dos Mulenvos, em Luanda, e escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar a questão dos partos feitos a partir de casa, uma realidade ainda comum aqui por estas bandas mesmo com hospitais maternos mais ou menos próximos. Várias vezes, as autoridade­s ligadas à Saúde têm apelado para que as parturient­es recorram às maternidad­es para um atendiment­o personaliz­ado e à altura das exigências. Como sabemos, não raras vezes, as parturient­es enfrentam dificuldad­es na hora do parto que apenas as unidades sanitárias podem ajudar a superar. É verdade que a componente cultural continua a pesar muito na maneira como se encara as coisas por parte de numerosas famílias, mas temos de mudar.

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