Instituto Venâncio de Moura vai ter Academia Diplomática
Ministra considera excelente a proposta da criação da Academia Diplomática, daí ter afirmado que “o Instituto tem prorrogativa de fazer pós-graduações”
Uma Academia Diplomática vai ser criada pelo Instituto Superior de Relações Internacionais Venâncio de Moura para ministrar cursos de mestrado e doutoramento, informou, ontem, em Luanda, o director-geral da instituição académica, Alfredo Ndombe.
O Instituto Superior de Relações Internacionais apresentou uma proposta para a criação da Academia Diplomática ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
O assunto foi ontem abordado numa visita que a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, efectuou ao Instituto Superior de Relações Internacionais, tutelado pelo Ministério das Relações Exteriores.
O director do instituto informou à ministra que a criação da Academia tem como objectivo elevar os níveis de conhecimento dos especialistas em Relações Internacionais e dos quadros do Ministério das Relações Exteriores.
A ministra reconheceu que a proposta da criação da Academia Diplomática é “boa”, daí ter afirmado que “o Instituto tem prorrogativa de fazer pós-graduações, desde que os passos dados estejam alinhados com as normas” do departamento ministerial, monitorizadas pela Direcção Nacional de Formação Pós-Graduada.
Maria do Rosário Sambo lembrou que a visita ao Instituto Superior de Relações Internacionais está inserida num ciclo de visitas que efectua às instituições académicas públicas do ensino superior, com o objectivo de fazer um levantamento dos reais problemas com que se debatem. A ministra considerou “positiva” a visita ao instituto com o argumento de ter conseguido perceber”a grande contribuição que tem vindo a dar ao país”.
Maria do Rosário Sambo garantiu que, com a transferência das instalações do instituto para a Cidade do Kilamba, vão ser melhorados os serviços prestados pela instituição académica.
Na visita, a ministra constatou um défice de docentes e pessoal administrativo, cuja força de trabalho é actualmente integrada por 82 pessoas, o que, no seu entender, “compromete o bom funcionamento da instituição de ensino superior”.
Maria do Rosário Sambo anunciou, para breve, a realização de um concurso público no subsistema de ensino superior, uma ocasião para o Instituto Superior de Relações Internacionais beneficiar de mais quadros, para corrigir o défice constatado na visita.
Grau de conhecimento
O director-geral do instituto, Alfredo Ndombe, afirmou que o estabelecimento académico está preparado para ministrar cursos ligados à diplomacia e que sejam do interesse dos ministérios, para que os departamentos ministeriais melhorem o trabalho.
Além da licenciatura em Relações Internacionais, o instituto superior ministra também cursos profissionalizantes para técnicos do Ministério das Relações Exteriores. Até hoje, os cursos profissionais já formaram 1.058 pessoas.
Desde a sua fundação, em 1998, o instituto já formou 415 licenciados, dos quais 344 trabalham em gabinetes de Intercâmbio e Cooperação Internacional de empresas públicas e privadas.