Encerrados 34 templos de adoração em todo o país
Trinta e quatro templos
de adoração e cinco locais de culto foram encerrados desde o dia seis do mês em curso, data do início da “Operação Resgate”, sendo 19 na província de Cabinda, 11 em Luanda e quatro em Malanje, que funcionavam sem documentação e em locais inapropriados.
Os dados foram apresentados ontem, em Luanda, pelo director de comunicação institucional e imprensa do comando geral da Polícia Nacional, o comissário Orlando Bernardo, durante o balanço dos primeiros sete dias da “Operação Resgate”.
O oficial superior considerou satisfatório o resultado dos órgãos intervenientes, por terem realizado, com normalidade, as missões previstas, feitas com carácter pedagógico, esclarecimento e de sensibilização às populações.
No sector da Saúde, frisou, foram encerradas em Luanda três locais de tratamento dentário, face as condições precárias de funcionamento. Acrescentou que também foram aplicadas multas a seis postos médicos por falta de regularização tributária.
Em relação aos estabelecimentos comerciais e cantinas, Orlando Bernardo tranquilizou os seus proprietários, referindo que não há necessidade de encerrarem de forma voluntária, sob pena de serem penalizados, por existir ainda um período para a sua legalização.
“Não há orientações para fechar qualquer estabelecimento comercial. As actividades devem continuar, pois a “Operação Resgate” vai facilitar o processo de legalização destes estabelecimentos para que possam trabalhar dentro da legalidade”, garantiu.
Informou que desde o início da “Operação Resgate” tem-se notado o abandono voluntário dos vendedores ambulantes na via pública, e lembrou que tem havido grande afluência de cidadãos aos postos de atendimento da Administração Geral Tributária (AGT) e das administrações municipais, maior participação nas denúncias relacionadas com casos de extorsão, corrupção, emigração e comércio ilegal.
Comparativamente ao período anterior, referiu que durante os sete dias de “Operação Resgate” houve dimi- nuição das cifras de crimes violentos, menos seis homicídios, seis violações, 26 ofensas corporais, quatro roubos e menos 25 furtos.
“Estes números reforçam um dos grandes objectivos desta operação que, para além de combater os níveis de desordem da cidade, também o da criminalidade. Se combatermos todas as questões que trazem pequenos crimes podemos combater os grandes”, disse o porta-voz.
O oficial superior da Polícia Nacional explicou que, no âmbito do comércio e transgressões administrativas, foram apreendidas seis armas de fogo pertencentes a duas empresas de segurança, cinco toneladas de acessórios de diversas viaturas de proveniência duvidosa em Luanda.
Também foram apreendidas 4.200 litros de lubrificantes na via pública, 20.000 litros de combustível, 2.644 metros cúbicos de toros de madeira, 375 tábuas de madeira, 536,455 quilogramas de liamba, 2.414 telemóveis e 40 cartões Sim.
Durante a operação foram detidos, em flagrante delito, quatro cidadãos por exercício ilegal de caça, nos parques nacionais da Quiçama e Cangandala, apreensão de 32 munições de AKM e duas tendas. Houve ainda a retenção de três elementos por destruição das condutas de água, desactivação de cinco focos de garimpo, demolição de um tanque de abastecimento de água imprópria para o consumo humano e apreensão de sete viaturas.
De acordo com o portavoz da Polícia Nacional, a operação fez igualmente a apreensão de 300 caixões, dez electrobombas, 12 motobombas e aplicadas três multas na província de Luanda.
Quanto à criminalidade, a alta patente da Polícia Nacional disse ter registado a detenção de 509 elementos suspeitos da prática de crimes diversos, dos quais 247 por mandatos de detenção.
Deste, continuou, permitiu o esclarecimento de 471 crimes, sendo seis por homicídios voluntários, nove por violação sexual, 92 por ofensas corporais, 53 por roubos, 77 por furtos, quatro por caça furtiva e um por usurpação de bem imóvel.
Das detenções , destacamse três cidadãos estrangeiros, sendo dois da República Democrático do Congo e do Congo Brazzaville.