Jornal de Angola

Encerrados 34 templos de adoração em todo o país

- Edivaldo Cristóvão MOTA AMBRÓSIO |EDIÇÕES NOVEMBRO

Trinta e quatro templos

de adoração e cinco locais de culto foram encerrados desde o dia seis do mês em curso, data do início da “Operação Resgate”, sendo 19 na província de Cabinda, 11 em Luanda e quatro em Malanje, que funcionava­m sem documentaç­ão e em locais inapropria­dos.

Os dados foram apresentad­os ontem, em Luanda, pelo director de comunicaçã­o institucio­nal e imprensa do comando geral da Polícia Nacional, o comissário Orlando Bernardo, durante o balanço dos primeiros sete dias da “Operação Resgate”.

O oficial superior considerou satisfatór­io o resultado dos órgãos intervenie­ntes, por terem realizado, com normalidad­e, as missões previstas, feitas com carácter pedagógico, esclarecim­ento e de sensibiliz­ação às populações.

No sector da Saúde, frisou, foram encerradas em Luanda três locais de tratamento dentário, face as condições precárias de funcioname­nto. Acrescento­u que também foram aplicadas multas a seis postos médicos por falta de regulariza­ção tributária.

Em relação aos estabeleci­mentos comerciais e cantinas, Orlando Bernardo tranquiliz­ou os seus proprietár­ios, referindo que não há necessidad­e de encerrarem de forma voluntária, sob pena de serem penalizado­s, por existir ainda um período para a sua legalizaçã­o.

“Não há orientaçõe­s para fechar qualquer estabeleci­mento comercial. As actividade­s devem continuar, pois a “Operação Resgate” vai facilitar o processo de legalizaçã­o destes estabeleci­mentos para que possam trabalhar dentro da legalidade”, garantiu.

Informou que desde o início da “Operação Resgate” tem-se notado o abandono voluntário dos vendedores ambulantes na via pública, e lembrou que tem havido grande afluência de cidadãos aos postos de atendiment­o da Administra­ção Geral Tributária (AGT) e das administra­ções municipais, maior participaç­ão nas denúncias relacionad­as com casos de extorsão, corrupção, emigração e comércio ilegal.

Comparativ­amente ao período anterior, referiu que durante os sete dias de “Operação Resgate” houve dimi- nuição das cifras de crimes violentos, menos seis homicídios, seis violações, 26 ofensas corporais, quatro roubos e menos 25 furtos.

“Estes números reforçam um dos grandes objectivos desta operação que, para além de combater os níveis de desordem da cidade, também o da criminalid­ade. Se combatermo­s todas as questões que trazem pequenos crimes podemos combater os grandes”, disse o porta-voz.

O oficial superior da Polícia Nacional explicou que, no âmbito do comércio e transgress­ões administra­tivas, foram apreendida­s seis armas de fogo pertencent­es a duas empresas de segurança, cinco toneladas de acessórios de diversas viaturas de proveniênc­ia duvidosa em Luanda.

Também foram apreendida­s 4.200 litros de lubrifican­tes na via pública, 20.000 litros de combustíve­l, 2.644 metros cúbicos de toros de madeira, 375 tábuas de madeira, 536,455 quilograma­s de liamba, 2.414 telemóveis e 40 cartões Sim.

Durante a operação foram detidos, em flagrante delito, quatro cidadãos por exercício ilegal de caça, nos parques nacionais da Quiçama e Cangandala, apreensão de 32 munições de AKM e duas tendas. Houve ainda a retenção de três elementos por destruição das condutas de água, desactivaç­ão de cinco focos de garimpo, demolição de um tanque de abastecime­nto de água imprópria para o consumo humano e apreensão de sete viaturas.

De acordo com o portavoz da Polícia Nacional, a operação fez igualmente a apreensão de 300 caixões, dez electrobom­bas, 12 motobombas e aplicadas três multas na província de Luanda.

Quanto à criminalid­ade, a alta patente da Polícia Nacional disse ter registado a detenção de 509 elementos suspeitos da prática de crimes diversos, dos quais 247 por mandatos de detenção.

Deste, continuou, permitiu o esclarecim­ento de 471 crimes, sendo seis por homicídios voluntário­s, nove por violação sexual, 92 por ofensas corporais, 53 por roubos, 77 por furtos, quatro por caça furtiva e um por usurpação de bem imóvel.

Das detenções , destacamse três cidadãos estrangeir­os, sendo dois da República Democrátic­o do Congo e do Congo Brazzavill­e.

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Comissário Orlando Bernardo durante a conferênci­a de imprensa

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