Angola e Zâmbia acertam estratégias
Uma delegação do Governo angolano, integrada pelos ministros das Obras Públicas e Construção, Manuel Tavares, e dos Transportes, Ricardo de Abreu, está desde ontem em Lusaka (Zâmbia), onde discute com as autoridades locais as melhores formas de interligar os dois países, por estrada e pelos caminhos de ferro.
Por ocasião da sua visita àAlemanha, em Agosto do ano em curso, o Presidente da República, João Lourenço, manifestou o interesse de obter um financiamento para a construção de uma autoestrada regional com ligação à Namíbia, Zâmbia e República Democrática do Congo e reforçar o comércio na parte austral do continente.
Desde que alcançou a paz, em 2002, Angola tem vindo a fazer avultados investimentos na reactivação do chamado “Corredor do Lobito”, que liga o país à Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC).
Entre 2005 e 2015, a reabilitação do CFB consumiu dos cofres públicos cerca de 1.900 milhões de dólares americanos de um total de 3.500 milhões de dólares destinados à reparação da rede dos caminhos-de-ferro de Angola.
Nestes números, estão incluídas outras infra-estruturas, umas reabilitadas e outras erguidas de raiz ao longo do traçado do Caminho-deFerro de Benguela em todo o seu corredor, desde o Atlântico ao Luau, que incluem estradas, aeroportos, portos, escolas e centros de saúde. As relações ferroviárias com a RDC foram retomadas este ano. A 5 de Março chegava ao Lobito um comboio transportando 50 contentores com mil toneladas de manganês, proveniente daquele país.