Violência doméstica junta jornalistas numa palestra
Jornalistas de órgãos públicos e privados participam, desde ontem, em Luanda, num ciclo de debates sobre a violência de género, com vista a contribuir para a mobilização social e a consciencialização pública sobre esta questão que preocupa a sociedade.
Promovido pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, em parceria com a Fundação Sagrada Esperança, o encontro decorre no Centro de Imprensa Aníbal de Melo e tem a duração de dois dias.
A directora nacional dos Direitos da Mulher, Igualdade e Equidade de Género, Sónia Doutel, realçou que os jornalistas devem ajudar a melhorar a condição de vida das famílias.
No seu entender, os jornalistas devem privilegiar políticas e programas que incentivem o combate à violência no género, a moralização das famílias e da sociedade em geral.
Sónia Doutel disse que, se os jornalistas estiverem devidamente preparados e seguros sobre os temas que vão abordar no seu dia-a-dia, as notícias vão ser muito mais aproveitadas pelos ouvintes, telespectadores e leitores, causando um efeito positivo na vida das populações.
No primeiro dia de debates, os jornalistas, de forma individual, opinaram sobre a violência de género e realçaram os seus pontos de vista relativamente ao equilíbrio que deve haver nas famílias.
A também socióloga Sónia Doutel afirmou que, pela maneira como os jornalistas apresentaram os seus argumentos, ficou demonstrado que entre a classe os aspectos culturais são muito fortes.
Sónia Doutel acrescentou que, apesar de se respeitar a cultura, “o importante é sermos equilibrados nas nossas convicções e termos bom senso, porque os extremos não nos levam a bom caminho. Aliás, estragam as relações humanas”.