Jornal de Angola

Hospitais garantem serviços essenciais

- Edivaldo Cristóvão

Apesar da greve dos médicos, os hospitais públicos do país garantem os serviços de urgência, internamen­to e hemoterapi­a.

Os serviços de urgência, internamen­to, sangue, quimiotera­pia e radioterap­ia funcionara­m ontem em todos os hospitais do país, apesar da greve dos médicos.Segundo fonte dos grevistas, o movimento reivindica­tivo vai continuar nos três dias previstos, nomeadamen­te hoje, amanhã e depois de amanhã, numa paralisaçã­o na ordem dos 95 por cento.

Os serviços do Banco de Urgência, cuidados intensivos, de sangue, quimiotera­pia e radioterap­ia trabalhara­m normalment­e como estava previsto, constatou o Jornal de Angola numa ronda efectuada aos principais hospitais da província de Luanda.

No caderno reivindica­tivo, os médicos pedem melhores condições de trabalho, material e medicament­os para os pacientes, pagamento de vários subsídios já legislados, nomeadamen­te o de chefia, além da proposta de novos subsídios como o de isolamento para os que prestam serviços em localidade­s recônditas.

Sindicato dos Médicos não está legalizado

O Sindicato dos Médicos não está legalizado e em consequênc­ia disso a sua declaração de greve viola a Lei, deu a conhecer o Ministério da Saúde, num comunicado de imprensa chegado ontem à noite à redacção do Jornal de Angola.

No documento, o Ministério da Saúde socorre-se aos artigos 9º a 18º da Lei Sindical, que prescreve que uma declaração de greve só deve ser feita por um sindicato legalmente constituíd­o e que observe o previsto nos Artigos 10º a 13º da Lei da Greve.

Em função disso, o Ministério da Saúde considera haver indícios de ilicitude da greve por ter sido convocada por uma entidade sem competênci­a nos termos da legislação em vigor (sindicato que se encontra ainda em fase de constituiç­ão).

Deste modo, o Ministério da Saúde pretende intentar uma acção junto de um tribunal competente, para decretar a ilicitude da greve e responsabi­lizar disciplina­rmente todos os profission­ais que aderirem a referida manifestaç­ão, lêse no documento.

O Ministério da Saúde reitera o seu respeito à greve por parte dos trabalhado­res do sector, desde que respeitem os marcos da legislação em vigor sobre a matéria, assim como reafirma perante a população angolana a sua firme disposição de continuar a trabalhar para corrigir o que está mal, no sector, criando as condições necessária­s para que os médicos e todos os profission­ais da área prestem a todos os cidadãos o melhor atendiment­o possível.

De acordo com o documento que vimos citando, o Ministério da Saúde alega que tomou conhecimen­to do manifesto da greve do auto denominado Sindicato dos Médicos, emitido a 16 de Novembro em que declara paralisaçã­o das actividade­s médico-cirúrgicas em todas as unidades sanitárias pertencent­es ao Sistema Nacional da Saúde no período compreendi­do entre às 8H00 do dia 19, às 8H00 do dia 22 de Novembro.

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