Ausência de Ali Bongo preocupa União Africana
A União Africana (UA) pede o respeito estrito pela ordem constitucional e adverte contra qualquer tomada de poder por meios não-constitucionais.
Uma missão da União Africana (UA) deve deslocar-se em breve a Libreville para avaliar a situação no país, segundo uma declaração emitida pelo presidente da Comissão da organização panafricana, Moussa Faki Mahamat, por ocasião da 11ª Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo, realizada entre 17 e 18 de Novembro, em Addis Abeba, Etiópia.
Moussa Faki Mahamat manifestou-se, na declaração, “preocupado com certos desenvolvimentos relacionados à situação de saúde do Chefe de Estado, Ali Bongo”, que se encontra hospitalizado num hospital de Riade, Arábia Saudita, depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O presidente da Comissão da União Africana convida "todos os actores políticos e instituições do Gabão para uma combinação de esforços para preservar a unidade, a paz e a estabilidade" no país.
“Estamos comprometidos com a estabilidade constitucional, que é corporificada pelo Presidente da República. Apenas as eleições permitem mudar isso. Qualquer outro meio, contrário à Constituição, será fortemente condenado pela União Africana. É isso que entendemos por estrito respeito à ordem constitucional”, adverte a UA na declaração assinada por Moussa Faki Mahamat.
Moussa Faki Mahamat afirmou que as decisões do juiz constitucional devem ser respeitadas sem ambiguidades. “O Presidente [Paul Kagame] como os demais Chefes de Estado do continente apoiam, sem reservas o seu irmão, o Presidente Ali Bongo”, disse.