Congoleses defendem eleições transparentes
Uma rede de movimentos para a defesa da cidadania na República Democrática do Congo (RDC)lançou uma campanha de sensibilização sobre a necessidade da aplicação do artigo 64 da Constituição, para evitar eleições caóticas.
O número 1 do artigo 64 estipula que “qualquer congolês tem o dever de chumbar um indivíduo ou grupo de indivíduos que tomem o poder pela força ou que o exerçam violando as disposições da Constituição”.
A rede, também conhecida por “Colectivo Paz e Solidariedade”, diz tratar-se de uma acção visando um processo eleitoral que assegure eleições livres, transparentes, democráticas, inclusivas, credíveis e pacíficas.
Jean Kalamba, membro do colectivo, explicou à imprensa que as eleições terão lugar sem Kabila e que a “Paz e Solidariedade” apela a todos os congoleses para se levantarem e para aplicarem o estipulado no artigo 64 da actual Constituição.
O número 2 do mesmo artigo 64 refere que qualquer tentativa para derrubar o regime constitucional é uma infracção imprescritível contra a Nação e o Estado e punida conforme a lei.
Por outro lado, os estudantes da Universidade de Kinshasa (UNIKIN) voltaram a manifestar-se ontem para exigir a demissão do seu coordenador, do reitor e do ministro da Educação Steve Mbikay. Segundo o jornal Online “7sur7.cd”, os estudantes deram um ultimato de cinco dias para que essas pessoas se demitam.
Recorde-se que os estudantes da UNIKIN têm-se manifestado contra a greve dos professores, um acto que já causou a morte de dois dos seus colegas, atingidos mortalmente pela Polícia.