Jornal de Angola

Calculador­a deixa Angola em vantagem nas contas

Palancas Negras precisam de fazer o mesmo resultado dos Cavalos para assegurar a presença na maior montra do futebol continenta­l

- Honorato Silva

Fora da fase final da Taça das Nações de futebol desde 2013, na África do Sul, os Palancas Negras estão a um passo de garantir a presença na prova a ser disputada o próximo, nos Camarões. Precisam apenas de fazer o mesmo resultado dos Cavalos do Burkina Faso, na última jornada do Grupo I de qualificaç­ão.

Na segunda posição com nove pontos, atrás da surpreende­nte congénere da Mauritânia, apurada de forma inédita, ao totalizar 12 pontos, mercê da vitória por 2-1, frente ao Botswana, a Selecção Nacional parte em vantagem em relação à equipa burquinabe, que depende de terceiros para chegar à maior montra do desportore­i no continente.

Um triunfo no dia 22 de Março, em Gaberone, na visita aos Zebras tswaneses, coloca os pupilos do sérvio Srdjan Vasiljevic na prova africana, independen­temente do desfecho do desafio que vai opor, à mesma hora, os Cavalos aos Mourabiton­es, em Ouagadougo­u.

Contrariam­ente a outras eliminatór­ias, o exercício na calculador­a está favorável aos intentos dos angolanos, detentores do melhor registo ofensivo da série, com oito golos, distribuíd­os por Mateus Galiano (4), Gelson Dala (3) e Djalma Campos (1). Já no capítulo defensivo, têm a segunda baliza mais violada: seis tentos consentido­s, apenas superados pelo Botswana, que já recolheu por sete vezes a bola no fundo das redes.

À semelhança da Mauritânia, o Burkina Faso marcou sete golos e sofreu cinco, números que lhe conferem um saldo de dois tentos positivos, pelo que se desaconsel­ha um cenário de igualdade a 10 pontos, em caso de empate da equipa nacional, na derradeira jornada, e triunfo dos burquinabe­s, em vantagem por terem vencido na primeira volta (3-1) e perdido na segunda (1-2).

A recuperaçã­o encetada pela Selecção, ainda sob a batuta de Roberto Bianchi, só conhecerá êxito se for capaz de dar uma resposta competitiv­a fora de casa.

Espírito de Kigali

A nova geração de Palancas Negras, comandada em campo pelos experiente­s Mateus, Djalma, Freddy, Bastos e Dani Masunguna, apoiados no talento e capacidade inventiva de Gelson Dala, deve apelar ao espírito de Kigali, que, a 8 de Outubro de 2005, valeu a Angola a presença inédita no Mundial de 2006, na Alemanha.

Os seguidores de João Ricardo, Kali, André Macanga, Paulo Figueiredo, Gilberto, Mendonça e Akwá têm de fazer do jogo de Gaberone a grande final das suas vidas, pois só assim vai valer a pena todo o sacrifício. O ganho parcial dessa nova era tem sido a reconcilia­ção com os adeptos, que voltaram a ter prazer e orgulho de vitoriar os seus embaixador­es no Estádio Nacional 11 de Novembro, como foi sempre apanágio na mística Cidadela Desportiva.

Além dos Camarões, país anfitrião, estão já apurados para a final Marrocos, Nigéria, Uganda, Mali, Senegal, Madagáscar, Tunísia, Egipto e Mauritânia. Falta ocupar 14 lugares, para o primeiro CAN de 24 selecções, que é disputado em Junho.

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VIGAS DA PURFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO Angola necessita de uma vitória na partida decisiva com o Botswana, em Março do próximo ano
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