Washington reduz militares em África
Os Estados Unidos anunciaram a decisão de retirar cerca de 700 dos efectivos militares estacionados no continente africano.
A decisão, divulgada ontem pelo Departamento de Defesa norte-americano, prendese com a intenção de concentrar mais forças e atenção na definição da nova estratégia militar de Donald Trump que tem na Rússia e na China as principais prioridades.
Actualmente, os Estados Unidos têm cerca de 7.200 militares colocados em dezenas de países africanos, especialmente na Nigéria e na Líbia (em missões de assistência táctica e de inteligência).
As missões militares que os norte-americanos têm noutros países africanos, sobretudo na Somália e no Djibuti, têm a ver fundamentalmente com a luta contra o terrorismo. Ainda segundo o Departamento de Defesa norte-americano, a retirada dos cerca de 700 efectivos será feita ao longo dos próximos três anos e inclui também os militares que estão no Quénia, Camarões e Mali.
Uma porta-voz do Departamento de Defesa, Candice Tresh, sublinhou que este “realinhamento” da estratégia militar norte-americana em África, contrariamente ao que disse a imprensa, não está relacionada com a morte, em Outubro de 2017, de quatro soldados integrados numa missão no Níger.
De sublinhar que a principal base norte-americana em África está localizada em Djubuti, onde 4 mil efectivos têm participado em operações que visam combater os terroristas que operam na Somália e na Líbia.