Igreja encoraja reformas no país
A Igreja Católica encoraja o novo ciclo político no país e a reforma do Estado em curso, que “determinou um novo paradigma de governação e de encarar os problemas”.
O Presidente de Angola, João Lourenço, no cargo desde Setembro de 2017, “abriu um ciclo que aponta para um desenvolvimento sustentável”, considerou o vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), D. José Manuel Imbamba, em entrevista à Ecclesia.
“Antes, tínhamos um ciclo político que era senhor de si, muito altivo, desatento aos apelos que as outras forças da sociedade faziam. Hoje, pelo menos, já estamos a ter um ciclo político mais disponível para escutar, reconhecer os erros, dialogar e trabalhar em prol do bem comum, das pessoas e do desenvolvimento sustentável”, afirmou o prelado.
“Abraçamos a reforma do Estado que hoje está em curso com todas as forças, auguramos que esse esforço se mantenha e as consciências se desarmem de todo o tipo de preconceitos que ao longo dos anos fomos acumulando, para que os angolanos se sintam angolanos e todos gozem e beneficiem das mesmas oportunidades”, acrescentou D. Imbamba, que é também arcebispo metropolitano de Saurimo.
Sobre o contributo da Igreja Católica no actual momento da História de Angola, o vice-presidente da CEAST sustenta que “a construção da paz, da reconciliação e da unidade é uma tarefa que vai continuar sempre”.
“A CEAST propõe-se a ser um veículo de evangelização, de promoção da pessoa humana, ajudando a formar consciências e consensos”, disse D. Imbamba, acrescentando que “a luta pela justiça, pela igualdade, pelos direitos, pelo emprego, pelo trabalho, pela promoção da cultura, são questões que vão estar sempre na agenda do dia”.
O presidente da CEAST, D. Filomeno Vieira Dias, sustenta, por sua vez, que “há uma consciência cada vez maior do sentido da justiça, da equidade, onde aquilo que diz respeito a todos deve beneficiar a todos”.