Associação pede rigor nas bolsas
O presidente da Associação dos Bolseiros Angolanos em Portugal solicita ao Instituto Nacional de Gestão de Bolsas (INAGBE) a criação de mecanismos para avaliar o desempenho dos estudantes angolanos nas diversas universidades portuguesas. Luís Victorino afirmou que esta seria uma forma de conhecer melhor as dificuldades e reforçar a qualidade de cada um.
“Em certos casos, são muito exigidos, sem ter em conta o leque de dificuldades que os têm assolado, facto que prolonga o período curricular para além dos cinco anos ou leva a desistência de vários”, disse, em entrevista ao Jornal de Angola.
O responsável pediu ainda urgência na solução de certas situações, como a negociação do pagamento das propinas com as faculdades, legalização e superação do desempenho.
Luís Victorino explicou que os maiores beneficiários dos programas da associação são aqueles que estudam por conta própria.
“Temos protocolos com várias instituições, com a União Europeia, por meio dos quais os bolseiros beneficiam de estudos técnicos ministrados por várias oficinas”. Algumas dificuldades académicas, como as de Língua Portuguesa, são superadas nestas oficinas.
“Os protocolos com alguns centros de formação ajudam os estudantes a aperfeiçoarem os conhecimentos técnicos, o que facilita a inserção no mercado de trabalho de imediato”, disse.
A associação, que está empenhada para controlar mais de quatro mil estudantes, entre bolseiros do INAGBE e por conta própria, apela à criação de mecanismos mais céleres para que não haja mais atrasos no processo de transferências do complemento da bolsa.