1º de Agosto e Petro vitoriosos
O presidente da Associação de Apoio aos Combatentes das ex-FAPLA (Ascofa), António Fernando “Samora”, foi ontem destituído da liderança da organização, por alegado desvio de fundos durante os 17 anos em que esteve à frente da direcção.
O acto de destituição foi realizado pela AssembleiaGeral da Associação na sede da Ascofa, localizada no distrito urbano do Rangel, onde foi entregue um comunicado à imprensa, acusando o então presidente de diversos crimes.
Segundo o documento citado pela Angop, António Fernando “Samora” é acusado dos crimes de apropriação de bens provenientes do Instituto de Reintegração Social dos Ex-Militares (IRSEM) para apoiar os antigos combatentes e respectivas famílias e o de apresentação de documentos e inserção de dados estatísticos falsos dos membros que integram a associação.
Fazem ainda parte da acusação a não apresentação de relatórios de prestação de contas referentes aos pagamentos das quotas desde a criação da Ascofa, a 1 de Agosto de 2001, falsificação da conta bancária da associação, assim como de apropriação da dotação orçamental proveniente do Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria destinados ao pagamento de subsídios a ex-militares.
António Fernando “Samora” é igualmente acusado do roubo de sete viaturas destinadas a apoiar os associados, atribuição de residências a pessoas que lhe são próximas num projecto habitacional feito para os membros da associação, assim como o desvio das viaturas da cooperativa de táxis e a sua venda na República Democrática do Congo (RDC).
António “Samora” é ainda acusado do desvio de seis toneladas de produtos alimentares atribuídos trimestralmente pela Base de Logística das Forças Armadas Angolanas e 80 milhões de kwanzas para compra de kits agrícolas e industriais. A Assembleia-Geral da associação acusa ainda António “Samora” de ostentação indevida da patente de brigadeiro, quando dados da Direcção Principal de Pessoal e Quadros das FAA atestam que é capitão, com o número de identificação 89403920, ordem 817/2011.