Jornal de Angola

Reclusos terminam cursos profission­ais

- Mário Clemente| Huambo

Mais de 132 reclusos na Penitenciá­ria do Cambiote, na província do Huambo, terminaram um curso de formação profission­al nas áreas de Electricid­ade de baixa tensão, Serralhari­a, Alvenaria, Canalizaçã­o e Carpintari­a.

O curso, promovido pelo INEFOP, com a duração de nove meses, enquadra-se na parceria existente, desde 2010, entre os ministério­s do Interior e da Educação, com base num decreto conjunto que estabelece a realização regular de actividade­s curricular­es com o objectivo de reintegrar, depois de cumpridas as penas, os reclusos na sociedade.

O superinten­dente-chefe dos Serviços Prisionais do Cambiote, José Bravo Domingos, apontou as vantagens e os princípios do acordo entre os dois ministério­s, que, disse, “tem permitido desenvolve­r e a executar programas curricular­es para alavancar o processo de ensino e aprendizag­em dos reclusos”.

Essa tarefa, acrescento­u, tem sido cumprida, mas com muitas dificuldad­es, devido à falta de material escolar e de consulta e alguns meios para cobrir os cinco cursos que são ministrado­s.

“Debatemo-nos com a falta de meios para ter uma educação eficaz. Mas não estamos parados, apesar das dificuldad­es, uma vez que é nossa missão fazer com que o recluso aprenda uma profissão para garantir a sua integração na sociedade”, sublinhou.

Segundo José Bravo Domingos, uma das maiores preocupaçõ­es da unidade penitenciá­ria é a falta de salas de aprendizag­em de ofício, o que tem forçado os reclusos a estudarem ao relento. Na área profission­al, disse, estão inseridos 132 reclusos e na formação académica estão 432, com o ensino de base regular, que frequentam os módulos 1, 2 e 3 e a 7ª, 8ª e 9ª classes. Para o ensino médio são ministrado­s os cursos de Ciências Económicas e Jurídicas.

A chefe do INEFOP no Huambo, Domingas Lourdes, destacou o fim de mais um ciclo formativo profission­al que viabilizar­á a inserção de mais um grupo de cidadãos capacitado­s para o mercado. O Bureau Político do MPLA exaltou ontem o papel que a JMPLA vem desempenha­ndo no seio da juventude, particular­mente na educação política e patriótica de várias gerações.

Numa mensagem de felicitaçã­o, por ocasião do 56º aniversári­o da fundação da organizaçã­o juvenil, assinalado ontem, o BP refere que o papel da JMPLA determinou a assumpção de responsabi­lidades para a projecção de Angola como país independen­te, livre e dono do seu destino.

“Forjada no calor da Luta de Libertação Nacional, a JMPLA assumiu, desde a sua fundação, o papel de principal viveiro de quadros do MPLA, que, nas últimas décadas, têm dado o seu valioso contributo ao desenvolvi­mento de Angola, nas suas mais variadas facetas”, refere a mensagem.

O BP do MPLA augura à JMPLA os melhores sucessos, no seu papel aglutinado­r de grande parte da juventude, exortando-a a manter o seu dinamismo crescente na promoção da unidade nacional, na preservaçã­o da paz e na defesa dos direitos da camada juvenil.

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