Província de Tijuana em crise humanitária
O presidente da câmara de Tijuana, Juan Manuel Gastélum, declarou quinta-feira o estado de crise humanitária nesta cidade mexicana diante da necessidade de recursos para atender aos milhares de integrantes da caravana de migrantes da América Central.
“Não vou comprometer os serviços públicos, não vou gastar o dinheiro dos tijuanenses, não vou dever a Tijuana porque não fizemos isso nestes dois anos”, disse o autarca sobre a situação na cidade desde a chegada dos migrantes que tentam entrar nos Estados Unidos.
Gastélum afirmou que o custo da atenção aos migrantes, pouco mais de quatro mil chegados desde a semana passada, “ascende a mais de 500 mil pesos (24.800 dólares)”. Por isso, o autarca anunciou que vai pedir assistência humanitária ao Governo federal e a entidades internacionais.
Nesse sentido, criticou a Secretaria do Governo do México por ter deixado Tijuana “sozinha” na questão da caravana, quando as leis assinalam que este órgão era responsável por abordar a situação desde o princípio.
Na semana anterior, Gastélum, do partido conservador Acção Nacional, emitiu mensagens xenófobas e racistas contra os migrantes e declarou que “Tijuana é uma cidade de migrantes, mas não os queremos desta maneira”. As autoridades informaram que 108 pessoas de origem centro-americana foram detidas, 104 das quais receberam sanções administrativas, e quatro foram apresentadas à justiça por crimes de roubo e desacato à autoridade.