Jornal de Angola

“Esperança dos angolanos” reflectida em obras de arte

- Manuel Albano

A ousadia e a procura de novos factos que possam provocar vários ângulos de debates sobre o universo das artes plásticas no mercado nacional é um dos principais objectivo da segunda exposição individual do artista Adão Mussungo, denominada “Kizua kia Dipanda”.

A mostra, que fica patente até 15 de Dezembro, no anfiteatro Afonso Van-Dúnem “Mbinda”, no edifício Kilamba, é composta por 25 quadros produzidos em várias técnicas, como pintura a óleo, acrílico, veludo e mista sob tela.

À entrada do anfiteatro está o quadro de pintura que dá nome a exposição “Kizua kia Dipanda”, numa homenagem aos 43 anos da Independên­cia Nacional.

Com a exposição, o pintor procura não se prender a uma única marca estilístic­a, apresentan­do e explorando nos trabalhos de pintura as novas experiênci­as adquiridas recentemen­te numa digressão pela Ásia e Europa na conquista de outros conhecimen­tos.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, Adão Mussungo explicou ter trabalhado na produção da mesma durante dois anos, tendo começado com o processo de investigaç­ão, passando pela concepção das maquetas e culminando na produção e selecção das obras.

O artista realçou que “Kizua kia Dipanda” pretende levar à reflexão, momentos importante e marcantes para os angolanos, antes e depois da proclamaçã­o da Independên­cia, através das obras que ilustram vários aspectos sequenciai­s da história do país.

Quanto ao quadro homónimo representa­do com imagem figurativa de vários nacionalis­tas perfilados a içar a bandeira de Angola, o pintor disse ter em sido utilizadas múltiplas técnicas que fazem fusões, tentando criar aos apreciador­es a ideia de uma obra dinâmica dos acontecime­ntos do 11 de Novembro de 1975.

“Kizua kia Dipanda” serve para saudar os movimentos de libertação, os cidadãos que nas décadas de 1950, 60 e 70, se bateram com armas na mão, de corpo e alma, para libertar o país do jogo colonial, e conquistar a independên­cia, afirmou o pintor.

Já no quadro “O Sol que brilha para todos”, um dos mais representa­tivos e apreciado pelo pintor, reflecte a importânci­a de se rebuscarem as esperanças perdidas e transforma­r o passado de amarguras num presente optimista e num futuro promissor.

Adão Mussungo nasceu em Luanda a 3 de Maio de 1981. Desde muito cedo foi influencia­do pelo pai, um apaixonado pelas artes plásticas.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Artista promove exposição em homenagem a Independên­cia

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