“Esperança dos angolanos” reflectida em obras de arte
A ousadia e a procura de novos factos que possam provocar vários ângulos de debates sobre o universo das artes plásticas no mercado nacional é um dos principais objectivo da segunda exposição individual do artista Adão Mussungo, denominada “Kizua kia Dipanda”.
A mostra, que fica patente até 15 de Dezembro, no anfiteatro Afonso Van-Dúnem “Mbinda”, no edifício Kilamba, é composta por 25 quadros produzidos em várias técnicas, como pintura a óleo, acrílico, veludo e mista sob tela.
À entrada do anfiteatro está o quadro de pintura que dá nome a exposição “Kizua kia Dipanda”, numa homenagem aos 43 anos da Independência Nacional.
Com a exposição, o pintor procura não se prender a uma única marca estilística, apresentando e explorando nos trabalhos de pintura as novas experiências adquiridas recentemente numa digressão pela Ásia e Europa na conquista de outros conhecimentos.
Em declarações ao Jornal de Angola, Adão Mussungo explicou ter trabalhado na produção da mesma durante dois anos, tendo começado com o processo de investigação, passando pela concepção das maquetas e culminando na produção e selecção das obras.
O artista realçou que “Kizua kia Dipanda” pretende levar à reflexão, momentos importante e marcantes para os angolanos, antes e depois da proclamação da Independência, através das obras que ilustram vários aspectos sequenciais da história do país.
Quanto ao quadro homónimo representado com imagem figurativa de vários nacionalistas perfilados a içar a bandeira de Angola, o pintor disse ter em sido utilizadas múltiplas técnicas que fazem fusões, tentando criar aos apreciadores a ideia de uma obra dinâmica dos acontecimentos do 11 de Novembro de 1975.
“Kizua kia Dipanda” serve para saudar os movimentos de libertação, os cidadãos que nas décadas de 1950, 60 e 70, se bateram com armas na mão, de corpo e alma, para libertar o país do jogo colonial, e conquistar a independência, afirmou o pintor.
Já no quadro “O Sol que brilha para todos”, um dos mais representativos e apreciado pelo pintor, reflecte a importância de se rebuscarem as esperanças perdidas e transformar o passado de amarguras num presente optimista e num futuro promissor.
Adão Mussungo nasceu em Luanda a 3 de Maio de 1981. Desde muito cedo foi influenciado pelo pai, um apaixonado pelas artes plásticas.