Tunísia domina primeiras edições do CAN de andebol
O Jornal de Angola dá início a partir de hoje, até ao dia 30, a publicação da história das 22 edições do Campeonato Africano das Nações em andebol sénior feminino. A cidade de Brazzaville, Congo, acolhe o evento de 2 a 12 de Dezembro, 39 anos depois, com a participação de dez selecções, divididas em dois grupos.
Em 44 anos de competição efectiva, a Tunísia é o país que mais vezes albergou a prova continental, num total de cinco. Na estreia do africano, em 1974, coube às tunisinas erguerem o primeiro título, conquistado em casa, na época, com a participação de cinco equipas nacionais.
I edição: 1974, país-sede: Tunísia, campeã: Tunísia,
Participantes: Tunísia, Senegal, Egipto, Uganda e Argélia.
A Tunísia, finalista vencida da última edição do CAN, sediou e venceu a estreia da competição disputada em 1974, na cidade de Tunis, sob a égide da Confederação Africana da modalidade (CAHB).
Na época, a modalidade olímpica contava com poucos praticantes, apenas cinco selecções participaram. Senegal, Egipto, Uganda e Argélia ocuparam, por essa ordem, as posições seguintes na tabela classificativa.
Angola, ainda sob o domínio colonial, foi inscrita na Federação Internacional de Andebol (IHF) por um grupo de nacionalistas, como nação independente, mas o órgão reitor no país entrou oficialmente em funcionamento após dois anos.
Internamente, sob orientação da Secretaria de Estado de Educação Física e Desportos, foi desenvolvido um programa de massificação, denominado "Desporto para Todos", onde a modalidade, até então praticada somente por homens, passou a contar com a inclusão de mulheres, nas competições provinciais e nacionais.
II edição: 1976, país-sede: Argélia, campeã: Tunísia: participantes: Tunísia, Congo Brazzaville, Argélia, Senegal, Uganda e Costa do Marfim
Dois anos depois, a cidade de Argel albergou o campeonato, com a integração de mais uma selecção.
Apesar de jogarem em casa, as argelinas foram incapazes de impedir o "bis" das tunisinas. O conjunto magrebino apresentou-se ao mais alto nível sem dar espaço de manobra às adversárias.
O Congo estreou-se naquela edição e ocupou o segundo lugar. A medalha de prata das congolesas era o prenúncio do domínio daquele país vizinho.
A Argélia completou o pódio e o Senegal, que no arranque da competição tinha terminado no segundo lugar, baixou dois, à frente do Uganda e da Costa do Marfim.
III edição: 1979, país-sede: Congo, campeã: Congo, participantes: Congo,Camarões, Argélia, Costa do Marfim, Uganda, Nigéria, Togo, Benin e Gabão
Após o segundo lugar em 1976, três anos depois, as congolesas deram um salto qualitativo, com a conquista do primeiro troféu em casa. Para oscépticos,aausênciadaTunísia era apontada como elemento facilitador para o Congo.
Mas as compatriotas de Denis Sassou Nguesso, Presidente congolês, mostraram-se destemidas ao manterem a senda de vitórias e deram uma resposta à altura, silenciando os críticos nas edições subsequentes. As camaronesas terminaram de prata ao peito e as argelinas com bronze.
A Costa do Marfim, Uganda, Nigéria, Togo, Benin e Gabão, ocuparam as posições seguintes.