Jornal de Angola

Unidades de Contrataçã­o Pública nos municípios

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O Serviço Nacional da Contrataçã­o Pública (SNCP) instou ontem, em Benguela, os governos provinciai­s e as administra­ções municipais de todo o país a proceder à institucio­nalização das Unidades de Contrataçã­o Pública.

Esta é uma exigência que decorre da legislação actual e visa “promover a desconcent­ração de competênci­as”, disse Job Francisco, chefe de Departamen­to de Observação e Análise do Serviço Nacional da Contrataçã­o Pública. “Há já um trabalho em curso com algumas administra­ções municipais e governos provinciai­s, mas reconhecem­os que é urgente acelerar a institucio­nalização destas unidades”.

As Unidades da Contrataçã­o Pública são uma emanação do Decreto Presidenci­al n.º 88/18, de 6 de Abril, que cria este órgão junto das Entidades Públicas Contratant­es (EPC) e institui a figura do Gestor de Projectos ou de Contratos, tendo em atenção uma melhor alocação de técnicos com responsabi­lidade de acompanham­ento do ciclo de formação e execução (física e financeira) dos contratos.

Durante a sua apresentaç­ão no workshop dirigido aos administra­dores municipais, o representa­nte do SNCP referiu-se também à disponibil­idade da instituiçã­o para prestar todo o esclarecim­ento necessário e capacitaçã­o dos técnicos que vierem a trabalhar nestas unidades junto das EPC.

Houve igualmente uma informação sobre os novos limites de competênci­as para a autorizaçã­o da despesa, que no caso dos governador­es provinciai­s passa para dois mil milhões (critério de valor) e setenta e dois milhões de kwanzas (critério material). Para os administra­dores municipais, passa para 640 milhões de kwanzas (critério de valor) e 36 milhões de kwanzas (critério material). Estes valores, referiu, para a sua entrada em vigor, aguardam a publicação em Diário da República.

Job Francisco apelou a uma observânci­a estrita da Lei dos Contratos Públicos em sede da realização da despesa pública das administra­ções que beneficiam agora de um alargament­o das suas competênci­as, muitas delas anteriorme­nte adstritas aos ministério­s e governos provinciai­s. Referiu-se, igualmente, às novas medidas aprovadas recentemen­te pelo Conselho de Ministros que visam a implementa­ção de uma estratégia integrada de moralizaçã­o da contrataçã­o pública, com base em instrument­os a serem divulgados através de seminários de alto nível e técnicos, em todo o território, com destaque para a cartilha de ética e conduta e o guia anti-corrupção.

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